Formalização de atividades ligadas ao Carnaval apresentam crescimento no país

Festa popular brasileira, o Carnaval nos aproxima da imensa diversidade cultural que compõe nosso país, além de movimentar a economia nos setores de turismo e negócios e na geração de empregos temporários.

De acordo com o levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a formalização de microempreendedores individuais (MEI) que atuam em atividades relacionadas ao Carnaval teve um incremento de 272% nos últimos cinco anos.  A pesquisa analisou o número de novos MEI em dez atividades, nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Recife e revelou que o número de formalizados passou de 33,8 mil em 2011 para quase 126 mil no ano passado.   

A capital fluminense foi a que teve o maior crescimento no período, com aumento de 336% nas formalizações. Já o ritmo acelerado do samba paulista promoveu um crescimento de 286%. 

O Programa Rio em Foco, do Fórum de Desenvolvimento do Rio, exibido pela TV Alerj, já apresentou temas que tratam da importância econômica da cadeia produtiva do Carnaval, a partir da opinião de especialistas convidados como Edna dos Santos-Duisenberg, do Programa Economia Criativa da Organização das Nações Unidas, Carlos Monte, especialista em Carnaval, Luiz Carlos Prestes, economista, e o ministro e presidente do Instituto Nacional de Altos Estudos (INAE), João Paulo dos Reis Velloso.

Eles destacam que apesar das oportunidades de trabalho no período de folia serem complemento de renda, grande parte delas não tem relações trabalhistas legalizadas.

“O Carnaval cria quase 250 empregos temporários e tem impacto muito grande porque recebe turistas, arrecada, cria empregos indiretos e possui toda uma cadeia produtiva própria que não se restringe aos blocos de rua e escolas de samba”, explica Edna dos Santos-Duisenberg.

Segundo Carlos Monte, a sazonalidade do evento contribui para a redução da formalização da mão-de-obra.

“O Carnaval acontece uma vez por ano e é extremamente informal porque os empregos e renda gerados nessa época normalmente não são habituais nas funções de emprego e renda como acontece em outras indústrias”, destaca o especialista em Carnaval.

Luiz Carlos Prestes aponta a falta de valorização do setor carnavalesco como agravamento dessa situação: “O Carnaval tem um destaque dentro da área de prestação de serviços no Rio de Janeiro, mas é uma indústria que não é visualizada”.

Para presidente do Instituto Nacional de Altos Estudos (INAE), ministro João Paulo dos Reis Velloso, a diminuição do impacto da informalidade do setor no estado do Rio poderia ser feita através da criação dos aglomerados produtivos locais de pequenas empresas no estado.

“Em Nova Friburgo temos aglomerados produtivos na área de lingerie, por exemplo”.

Confira os Programas:

Cadeia Produtiva do Carnaval – Link:  http://bit.ly/2naCxgx

Economia do Samba – Link: http://bit.ly/2m4cx4H

Carnaval Sustentável: e se esse samba pega? Link: http://bit.ly/2m6OzX8