Semana Lixo Zero é lançada na Alerj

A Semana Lixo Zero foi lançada nesta sexta-feira (21/10) em um evento na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) promovido pelo Fórum de Desenvolvimento do Estado. A campanha acontece entre os dias 21 e 30 de outubro. O lançamento reuniu especialistas no tema e integrantes de ações ambientais em diferentes municípios do estado. Temas como o consumo consciente, descarte de resíduos e reaproveitamento de materiais foram abordados durante a reunião.

O deputado Thiago Pampolha (PDT), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Alerj, esteve presente, e comentou sobre as contribuições trazidas pela campanha. "Ela vem ao encontro do trabalho que temos realizado na comissão. Queremos mostrar aos gestores públicos e empresas a importância de ter como aliados as cooperativas, buscando produzir o menos de resíduo possível”, afirmou.

A Semana é uma realização do Instituto Lixo Zero Brasil, ocorre pela segunda vez no Rio e mobiliza comunidades e cidades em eventos paralelos de conscientização sobre geração de renda, redução da produção de resíduos e sua correta destinação. Mais do que uma meta a ser alcançada, o conceito Lixo Zero sugere novos hábitos para a sociedade, a fim de reduzir o desperdício. A ideia é eliminar o volume e a toxicidade da sujeira gerada, recuperando resíduos para introduzi-los na cadeia produtiva.

A subdiretora-geral do Fórum, Geiza Rocha, destacou a ação de cooperativas e projetos de reciclagem. Para ela, o evento é uma importante oportunidade de divulgar esses trabalhos. "Estamos mostrando para a sociedade que existem muitas iniciativas atuantes. Esses projetos, além de redirecionarem os resíduos, mostram para a população que atitudes individuais são igualmente fundamentais”, comentou.

Uma dessas iniciativas que ajudam a sociedade a repensar o consumo e o despejo de resíduos no Rio de Janeiro é o “ReciclAção”. De acordo com Cris dos Prazeres, fundadora do projeto, a ação surgiu quando um desabamento, causado pelo acúmulo de lixo, matou 34 moradores do Morro dos Prazeres na Zona Central da capital. Hoje, o modelo de coletiva seletiva promovido pelo “ReciclAção” é uma referência dentro das comunidades da cidade. Cris explica que o trabalho do grupo não inclui apenas as preocupações ambientais. “Além do meio ambiente, focamos também na saúde, educação e diálogo. Onde tem ser humano, tem lixo e onde tem lixo, é necessário conversar sobre o porquê dele estar ali e para onde vai quando sai da nossa casa", explicou.

Catadores

Os catadores também são protagonistas históricos da reciclagem no Brasil. Tião dos Santos é presidente da Associação de Catadores do Aterro de Jardim Gramacho e participou do lançamento. Para ele, apesar da importância da atuação desses trabalhadores, eles ainda são excluídos dos debates sobre o tema. "É preciso garantir a inclusão dos catadores nesse modelo de coleta seletiva mais humanizado e com menos insalubridade. Esses profissionais prestam um trabalho social, ambiental e econômico para a sociedade, mas permanecem excluídos dessa discussão", afirmou.

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