A revisão do sistema tributário e os incentivos à cadeia de reciclagem estiveram em pauta durante a reunião da Câmara Setorial de Desenvolvimento Sustentável realizada nesta quinta (15/09) no Sebrae. No encontro organizado pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio, órgão da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), os participantes demonstraram preocupação em buscar soluções que levem ao desenvolvimento do setor de reciclagem fluminense. Durante a reunião os membros da Câmara também sugeriram que a Alerj intermediasse um encontro com o Poder Executivo para que ele apresente a política do governo estadual para a compensação ambiental, e quais projetos serão beneficiados em 2017.
Segundo Carlos Victal, gerente de responsabilidade social do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), hoje ainda é mais barato produzir, consumir e descartar do que tratar e reutilizar. “A cadeia econômica não absorve isso. Primeiro é preciso ser rentável para que esse mercado avance”, afirmou. Estudos da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) apontam que a cadeia de produção de material reciclado desembolsa R$ 2,6 bilhões por ano para pagar tributos que já foram cobrados na fabricação inicial das mercadorias. “A desoneração é o caminho para o desenvolvimento setor de reciclagem, mas precisamos ir no detalhe. Há muitos estudos sobre desoneração da cadeia, bem como projetos de lei e leis que tratam do tema. Por isso precisamos reunir esse material para desenvolver sugestões objetivas”, afirmou a subdiretora-geral da ALERJ, Geiza Rocha.