A Baía de Sepetiba, nos municípios de Itaguaí e Rio de Janeiro, concentra um dos mais importantes complexos portuários do Brasil, com os portos de Itaguaí e da Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA). O números dão o tamanho da importância do complexo: Somente o Porto de Itaguaí movimentou 127,3 milhões de toneladas em 2014, sendo o 3º porto brasileiro em volume (toneladas movimentadas), o 4º em valor transacionado, com US$ 25,5 bilhões, e o 9º em movimentação de contêineres.
No dia 11 de janeiro, a Firjan divulgou o estudo “Necessidade de adequação do acesso marítimo ao complexo portuário da Baía de Sepetiba” . Nele, a federação defende que governo inclua duplicação no projeto de dragagem dos terminais da Baia de Sepetiba. De acordo com o texto, o complexo está próximo de atingir seu limite por conta das estimativas de movimentação de embarcação nos terminais, do início das operações do Porto do Sudeste e da construção do porto da Gerdau. Além do Rio de Janeiro, poderão ser impactados outros 23 estados e o Distrito Federal, que realizam parte de seu comércio exterior pelo Porto de Itaguaí. A Federação calcula que a capacidade anual de movimentação de cargas no Complexo Portuário da Baía de Sepetiba, que inclui os portos de Itaguaí e da Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), poderá passar de 200 para 410 milhões de toneladas com a duplicação do canal de acesso marítimo e o aprofundamento de sua bacia de evolução.
Apesar de possuir um dos melhores calados do Brasil, com até 17,8 metros, o canal principal do complexo de Spetiba possui apenas 200 metros de largura, o que faz com que a navegação seja unidirecional, de mão única. Isso restringe a capacidade de acesso a 1.800 embarcações ao ano, o que representa a metade da capacidade caso fosse de mão dupla. A publicação alerta que o projeto de dragagem da Secretaria de Portos da Presidência da República não contempla a duplicação do canal e o aprofundamento da bacia de evolução. Para a FIRJAN, a duplicação do canal também é importante para a base naval de submarinos convencionais e nucleares da Marinha do Brasil (Prosub), já que garantirá mais segurança e facilidade de acesso à base e ao estaleiro.
A Federação das Indústrias considera que, caso incluídas no projeto do governo federal, as obras evitarão a prematura saturação do complexo, o cancelamento de investimentos e a perda de competitividade do estado do Rio de Janeiro e do país.