Tecnologia desenvolvida no Rio gera energia a partir das ondas do mar

Com a necessidade da geração de energia de forma mais barata e renovável. Projeto da startup SeaHorse da Coppe/Ufrj apresenta projeto que utiliza as ondas do mar para gerar energia elétrica. O protótipo está em fase de testes e segundo seus idealizadores pode entrar no mercado dentro de dois anos.

Um projeto criado no Rio de Janeiro surge como uma alternativa criativa para geração de energia. Um protótipo criado pela startup SeaHorse, da CoppeUFRJ, aproveita as ondas do mar para gerar energia. O objetivo é disponibilizar a tecnologia no mercado como fonte de energia renovável e de baixo custo.  O projeto está em fase de testes e em janeiro do ano que vem um protótipo será instalado na Ilha Rasa, a 14 quilômetros de Copacabana. Segundo o engenheiro responsável pelo projeto, Paulo Roberto da Costa, o custo para implementar o projeto e sua viabilidade são semelhantes ao da energia eólica “Assim como as torres Eólicas, nosso projeto também é uma geração de baixo custo, com quase nenhum impacto, por isso acreditamos na sua viabilidade”. Ainda segundo o Engenheiro, o projeto deve entrar em fase de comercialização no máximo em dois anos.

 

A tecnologia foi desenvolvida e patenteada pela startup e funciona através de um módulo que flutua em alto mar. A movimentação das ondas aciona um mecanismo de pressurização da água dentro do módulo que transforma o movimento das ondas em energia elétrica. “Nosso objetivo é a geração de eletricidade a um custo competitivo no mercado, automatizando as máquinas que realizam o processo”, acredita Paulo da Costa, que também destaca que as características do mar brasileiro foram determinantes para que o projeto apresentasse baixo custo: “No Brasil temos um mar calmo, com ondas de no máximo dois metros e constantes. Em outros países que tentaram desenvolver esta tecnologia, como a Inglaterra, o mar é agitado, com ondas de até 5 metros, o que deixa o projeto muito mais caro pois o módulo precisa ser muito mais resistente, além dos períodos grandes de calmaria que acabam gerando quase nenhuma energia”.

 

Até o final do projeto 13 milhões de reais da empresa Eletrobrás/Furnas devem ser captados para o seu financiamento, através da lei federal que obriga empresas a destinaram um percentual de sua receita para o desenvolvimento de novas tecnologias.

 

Fonte: Rio Capital da Energia e AECWeb