Fonte: Agência Sebrae de Notícias RJ
'Se você não constrói seu sonho, alguém vai te contratar para construir o dele'. Há alguns anos, a frase do coach profissional Tony Gaskin parecia não ter muita força aqui no Brasil. Hoje, o cenário já é outro, uma vez que o país atingiu, em 2014, a sua maior taxa de empreendedorismo, que saltou, em 10 anos, de 23% para 34,5%. A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada aqui pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), constatou que três em cada dez brasileiros adultos, entre 18 e 64 anos, possuem uma empresa ou estão envolvidos com a criação do próprio negócio.
O estudo ainda indica que metade da taxa corresponde aos empreendedores novos, ou seja, os que possuem menos de três anos e meio de atividade. Já a outra metade, aos donos de negócios já estabelecidos há mais tempos. De acordo com o presidente do Sebrae, Luiz Barreto, essa alta taxa corresponde a um desejo de mudança.
“Isso demonstra que além de mais empreendedores permanecerem no mundo dos negócios, mais pessoas veem no empreendedorismo uma oportunidade de vida e vêm trabalhando para conquistar o sonho de serem seus próprios chefes. Esse valor recorde pode ser atribuído, também, ao incremento do número de formalizações que temos presenciado nos últimos anos e às melhorias no ambiente legal, como por exemplo, a criação e ampliação do Supersimples”, afirma o presidente.
Para Luiz Barreto, se comparado aos países que compõem o Brics, “o Brasil é a nação que possui a maior taxa de empreendedorismo, ficando quase 8% à frente da China, com 26,7%”. A Índia tem uma taxa de empreendedorismo de 10,2%, a África do Sul de 9,6% e a Rússia de 8,6%. O número de brasileiros que já têm uma empresa, ou que estão envolvidas na criação de uma, é superior, também, a países como Estados Unidos (20%), Reino Unido (17%), Japão (10,5%), Itália (8,6%) e França (8,1%).
A pesquisa ainda mostra ter o seu negócio próprio continua sendo o terceiro maior sonho do brasileiro, à frente dos que têm o objetivo de crescer dentro de uma empresa, e atrás dos que sonham em comprar a casa própria (42%) e em viajar pelo país (32%).