Debate lista principais problemas enfrentados por microempresários

O apontamento foi feito pelo coautor do livro “Diálogos Empresariais”, Renato Regazzi, e apresentado durante reunião do Fórum. O livro, que analisou 11 setores empresariais, segundo Regazzi, mostra as características da economia fluminense, mas também serve de exemplo para todo o país.

A burocracia excessiva, a grande quantidade de impostos e a complexidade de entendimento sobre esses tributos são os principais problemas enfrentados pelos micro, pequenos e médio empresários fluminenses. O apontamento foi feito pelo coautor do livro “Diálogos Empresariais”, Renato Regazzi, e apresentado, nesta terça-feira (10/03), durante reunião do Fórum de Desenvolvimento do Rio. De acordo com a subdiretora-geral da entidade, Geiza Rocha, o encontro foi um ponto de partida para identificar as medidas que podem resolver as deficiências apresentadas. “Temos que elencar o que pode ser feito pelo Poder Legislativo. Um ponto que podemos buscar solução e que passa por votação na Alerj e por análise na Comissão de Tributação e em outras comissões da Casa é o da instituição tributária. Vamos analisar o assunto de forma minuciosa”, destacou.

O livro, que analisou 11 setores empresariais, segundo Regazzi, mostra as características da economia fluminense, mas também serve de exemplo para todo o país. “A tributação é o fator de maior urgência, principalmente os custos de administração das taxas, o que exige profissionais especializados da área jurídica que entendem como isso é aplicado nas esferas municipal, estadual e federal. O problema são os custos que isso traz”, defendeu um dos autores da publicação, acrescentando que os pequenos empreendedores são os principais afetados.

Além da simplificação na liberação de licenças e certidões, também destacada por Regazzi, a escassez de mão de obra, a baixa eficiência no aprendizado e o desencantamento da oferta e da demanda de empregos são adversidades presentes no setor industrial. “Além da grande burocracia até para a contratação, acredito que o maior problema está no ensino básico. É preciso apostar na qualificação dos professores, pois isso vai repercutir diretamente na capacidade do aluno de receber conhecimento”, garantiu. No encontro, o sistema de tributação diferenciado para pequenas empresas, o  Supersimples, foi citado como exemplo de eficiência por unificar oito impostos em um único boleto, o que reduz, em média, 40% da carga tributária.

Vice-presidente da Federação das Indústrias do Rio (Firjan), Carlos Augusto Di Giorgio Sobrinho, também coautor do livro, destacou as normas trabalhistas que, segundo ele, impedem o trabalho eficiente do empreendedorismo. Ele citou a Norma Regulamentadora Nº 12, que estabelece critérios de segurança para operadores de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras. “Ela não traz benefício para os empresários e nem para os trabalhadores. São exigências que fogem das normas com que já lidamos dentro das empresas”, opinou.

(Texto de Lucas Lima)