Rio em Foco debate formas de replicar projeto pioneiro de produção de combustível a partir do lixo

O estado do Rio investe em nova fonte de energia limpa: biometano. Produzido a partir da extração do biogás da decomposição do lixo em aterros sanitários, esse gás já é produzido em São Pedro D'Aldeia, para ser utilizado como combustível para população local.

O estado do Rio investe em uma nova fonte de energia limpa: o biometano. Produzido a partir da extração do biogás da decomposição do lixo em aterros sanitários, esse gás já é produzido em São Pedro D'Aldeia, na Região dos Lagos, para ser utilizado como combustível para população local. “A tecnologia do aterro de Dois Arcos provocou uma mudança de cultura. Os prefeitos, que em princípio não gostavam de ter o aterro sanitário em suas cidades, passaram a achar interessante porque entenderam que ali pode ser produzido energia”, explica a coordenadora do Programa Rio Capital de Energia, Maria Paula Martins. Ela é uma das entrevistadas do programa Rio em Foco, que vai ao ar nesta segunda-feira (dia 9/3), às 22h na TV Alerj, (canal 12 da NET).

O diretor da usina de valorização de biogás do Aterro Dois Arcos, Marcio Schittini, explica que o biometano produzido entra na rede de distribuição de gás e pode ser consumido tanto na frota de veículos movidos a gás (GNV) - que no Rio de Janeiro é a maior do país -, na cozinha, ou por algum cliente para uso industrial. “O biometano é perfeitamente intercambiável com o gás natural, então onde se usa o gás, podemos usá-lo”, explica Schittini.

No Rio em Foco é possível identificar como essa iniciativa, que está sendo acompanhada por uma série de instituições, atende a diversas políticas ao mesmo tempo. "Esse projeto atende a política nacional de resíduos sólidos, ao pacto do saneamento, e foi viabilizado por uma política de estímulo à produção do Gás Natural Renovável criada pelo estado do Rio que obriga que as concessionárias do estado CEG e CEG-Rio a comprar o volume produzido", explica Maria Paula Martins. De quebra, Dois Arcos ainda contribui para a diversificação da matriz energética fluminense. "Apesar de o Brasil ser reconhecido por ter fontes renováveis de energia, essa realidade não se aplica ao estado. A geração de energia elétrica no Rio é apenas 26% renovável", explica.

Participaram também do programa os deputados Luiz Paulo (PSDB), Carlos Minc (PT), e o analista de pesquisa energética da EPE, Luiz Gustavo de Oliveira

Além da NET, a TV Alerj também pode ser sintonizada, seguindo as instruções do link www.tvalerj.tv/Sintonia.do.  Após a estréia na TV, a íntegra do programa também ficará disponível também no portal www.rioemfoco.rj.gov.br.