O ecossistema favorável para a indústria de games no estado

Uma das grandes perguntas que os empresários se fazem antes de abrir sua empresa é sobre qual cidade oferece o melhor ecossistema para o seu negócio, e muitas vezes elementos como incentivos e mão de obra valem mais do que o acesso direto a clientes em potencial, já que em certas...

Por Carlos Estigarribia*

Uma das grandes perguntas que os empresários se fazem antes de abrir sua empresa é sobre qual cidade oferece o melhor ecossistema para o seu negócio, e muitas vezes elementos como incentivos e mão de obra valem mais do que o acesso direto a clientes em potencial, já que em certas áreas, como na indústria de games, por exemplo, o consumidor está em todo lugar e não apenas no local escolhido para abrir a empresa.

Tendo isso em mente um empresário de games que pensa em criar um estúdio ou montar uma filial de sua empresa no Brasil tem hoje no Rio de Janeiro uma excelente opção: todas as peças do ecossistema estão presentes no estado.

Em termos de formação de profissionais para o mercado existem tanto cursos de ensino médio/técnico em games, como os oferecidos pelo Senai e o projeto Nave, da Oi Futuro, como também o primeiro curso superior da rede federal do Brasil em Jogos Digitais, oferecido pelo IFRJ, em Eng. Paulo de Frontin.

Para empresas iniciantes existem espaços de incubação, como o projeto RioCriativo, que já abriga algumas empresas de jogos digitais, além de empresas relacionadas à tecnologia aplicada a cultura em geral. O Instituto Gênesis, na PUC-Rio, também possui espaço de incubação para empresas do setor. Em Eng. Paulo de Frontin, existe a iniciativa da Silício Fluminense – Incubadora de Jogos Digitais, Empreendimentos e Economia Criativa.

Algumas entidades fortes como a Abragames, IGDA e RIOSOFT já possuem presença local e organizam eventos para o setor, criando oportunidades de negócio entre as empresas. Existem laboratórios de pesquisa e produção para audiovisual, que podem ser utilizados pelas empresas locais, como o da RIOSOFT, o Media Lab, na UFF, e iCad, na PUC-Rio.

Órgãos governamentais também estão ajudando o setor, como a Secretaria de Cultura, através do próprio RioCriativo e de editais e, no lado legislativo, a Alerj tem um comitê específico para games dentro do Fórum de Desenvolvimento Estratégico.

Para este ano existem ainda dois eventos que prometem trazer convidados internacionais e networking com empresas do setor, a RioGamePlay, em julho, e o Rio Info 2015, em setembro. Isto tudo somado ao fato do Rio ser a capital de produção audiovisual para TV e cinema, que também gera negócios para games e torna o estado o local ideal para empresas se instalarem e prosperarem.

 

Game In Rio!

 

 

 

*Engenheiro de Computação formado pela PUC-Rio, empreendedor e veterano na indústria de jogos brasileira, fundou a LocZ Games em 1996, foi Country Manager do estúdio da Electronic Arts, em São Paulo, e atualmente é um dos sócios da RightZero, consultoria de negócios especializada no mercado de jogos brasileiro, além de ser um dos fundadores da Abragames (Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos) e consultor no CupomValePresente, portal de ofertas para eCommerce.