Fórum vai articular setores do estado para conferência sobre Games

O fomento à indústria de games e as principais dificuldades enfrentadas pelo setor foram discutidos pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio nesta quinta (30/10). Durante a reunião, Geiza Rocha, pontuou que a falta de investimentos e de institucionalização são os principais desafios enfrentados.

O fomento à indústria de videogames no estado e as principais dificuldades enfrentadas pelo setor foram discutidos pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado nesta quinta-feira (30/10). Durante a reunião, que contou com representantes da Secretaria de Estado de Cultura, pesquisadores de universidades e da Federação das Indústrias do Estado (Firjan),  a subdiretora-geral do Fórum, Geiza Rocha, pontuou que a falta de investimentos e de institucionalização são os principais desafios enfrentados por esse mercado. “Existem várias ações sendo desenvolvidas e, por isso, precisamos criar diálogo entre as instituições. Vamos usar a feira Rio Game Play e Conference para mobilizar as Secretarias de Estado de Educação, de Ciência e Tecnologia, de Cultura e de Desenvolvimento Econômico, que cuidam desse tema, e tentar montar uma mesa para colocar o Estado sentado e pensando junto com todos esses realizadores”, frisou.

Organizada pelo empresário Jason Prado, a Rio Game Play e Conference tem por objetivo “criar o espaço de articulação de todos os protagonistas desse mercado”. Para ele, a feira pretende reunir todas as peças importantes para o desenvolvimento dessa indústria, como o usuário do jogo, o desenvolvedor, o distribuidor e quem recolhe tributos, ou seja, o Estado. “A função do evento é colocar todos eles, um de frente para o outro, e fazer com que eles se conheçam e se dimensionem. É um evento de discussão acadêmica, de debates sobre novas tecnologias, de reconhecimento de parceiros e também de compra e venda e experimentação de produtos”, explicou.

Jason também afirmou que o principal obstáculo do mercado não é a produção, mas sim a distribuição. “Temos bons produtores de games, o problema é que a gente não consegue fazer uma ponte e acessar os mercados internacionais. Nós somos pequenos, não porque nós não saibamos fazer”, concluiu. Já para o professor do Instituto de Computação da Universidade Federal Fluminense (UFF), Esteban Walter Clua, a maior ausência é a de investimentos do poder público e de empresas. “Para muitas empresas, fazer missões nacionais e internacionais é extremamente caro, e esse capital ajuda bastante”, sugeriu. O professor também recomendou a organização de uma rodada de negócios, para atrair investidores, o que já é feito em outros estados, como o Rio Grande do Sul.

Durante a reunião, o diretor geral do campus Engenheiro Paulo de Frontin do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), Rodney Cézar de Albuquerque, destacou a aprovação da lei municipal 1.122/13, que concede a isenção de pagamento de IPTU, alvará de localização, taxa de iluminação pública e outros impostos, por um prazo de seis anos, para todas as novas empresas do setor que se instalarem na cidade. “Pensamos em criar um ecossistema apropriado para o desenvolvimento de um novo arranjo produtivo local no setor de jogos digitais em Paulo de Frontin”, anunciou.

 

O IFRJ possui o único curso de graduação em jogos digitais da rede federal em todo o país, o que, segundo Rodney, é outro importante incentivo para fortalecer a economia local. Ele também ressaltou que a entidade conseguiu, através de um edital da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio (Faperj), um investimento de R$ 290 mil, que será usado para a criação de uma incubadora de empresas. "Vamos fazer com que os alunos possam montar suas empresas na cidade. Esse dinheiro será usado para estruturar uma arquitetura de apoio às empresas, e as incubadas que estiverem lá, em parceria com o Sebrae, vão receber um curso de formação, além do apoio institucional”, concluiu.

 

Texto de Lucas Lima