Fórum identifica desafios para ampliar mercado de orgânicos no estado

Os desafios dos produtores de alimentos orgânicos para os Jogos Olímpicos de 2016 foram analisados durante reunião da Câmara Setorial de Agronegócio do Fórum, nesta quinta. Para a subdiretora-geral da entidade, Geiza Rocha, a certificação e o mapeamento desses grupos são entraves a serem enfrentados.

Os desafios dos produtores de alimentos orgânicos para os Jogos Olímpicos de 2016 foram analisados durante reunião da Câmara Setorial de Agronegócio do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, nesta quinta-feira (14/08). Para a subdiretora-geral da entidade, Geiza Rocha, a certificação e o mapeamento desses grupos são entraves a serem enfrentados. “A maior parte dos orgânicos do Rio já tem uma certificação, a questão é saber onde estão os certificadores internacionais, o que o Comitê Olímpico está exigindo na inscrição dos fornecedores para que possamos alinhar isso e trabalhar, mesmo com o tempo contra nós”, explicou.

Geiza defendeu que o entorno dos locais onde os jogos acontecerão também devem ser alvo dos agricultores. “Os restaurantes e hotéis que vão receber os turistas também precisarão de produtos de boa qualidade. Temos tempo para sensibilizar os produtores e o mercado”, acrescentou. Para isso, ela afirma que o mapeamento da produção, possibilidades de fornecimento e logística para que esses produtos cheguem ao consumidor final é fundamental.

Presidente do Instituto Planeta Orgânico, Maria Beatriz Martins Costa reforçou que 14 milhões de refeições serão oferecidas durante o evento. Por isso, além de priorizar os produtores locais, segundo ela, é importante pensar em toda a cadeia produtiva, inclusive nos resíduos que serão gerados. Maria Beatriz também defendeu o mapeamento e a oferta da produção de orgânicos não só para os Jogos, como para mercados como o de refeição industrial.  “Até para não criarmos uma massa crítica que vai atender apenas um evento de três semanas. A mobilização deve ser feita paralelamente com a demanda do mercado, uma vez que já faz parte da missão dos Jogos oferecer produtos sustentáveis. As empresas que ganharem a concorrência necessariamente vão precisar desses produtores”, argumentou.

Segundo ela, outro segmento de mercado que precisa ser aproveitado pelos produtores é a alimentação nas escolas. “Será a maior transformação que podemos ter, por conta da mudança de hábito, e que é possível ser feita no nosso estado. Temos que cultivar essa mudança nas crianças, pois elas irão educar os pais e familiares”. Ela afirmou ainda que uma horta pode ser o começo desse processo. “Isso pode ajudar até na matemática e outras disciplinas”, concluiu.

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Texto de Lucas Lima