Fórum lança desafio às entidades para que se engajem na divulgação do voluntariado e das vagas de trabalho abertas para as Olimpíadas

A pouco mais de 2 anos do início das Olimpíadas, os modelos de captação e capacitação da mão de obra contratada e do voluntariado que participará do evento começam a tomar forma. As parcerias com entidades de ensino e empresas são providenciais para alcançar o objetivo.

A pouco mais de dois anos do início das Olimpíadas, os modelos de captação e capacitação da mão de obra contratada e do voluntariado que participará do evento começam a tomar forma. Em reunião da Câmara Setorial de Formação Profissional e Educação Tecnológica, ocorrida na manhã desta sexta-feira (11), as gerentes do Comitê Rio 2016 Any Bittar, de parcerias de voluntários, e Eloise Brillo, de diversidades e inclusão do evento, mostraram que as parcerias com entidades de ensino e empresas terceirizadas são providenciais para alcançar o objetivo estabelecido.

De acordo com Any, os Jogos Olímpicos funcionam como uma grande engrenagem, onde a cidade será dividida em quatro grandes clusters (Barra da Tijuca, Deodoro, Maracanã e Copacabana), com mais de 60 áreas envolvidas.  “Nosso processo de capacitação é voltado única e exclusivamente para as Olimpíadas e Paralimpíadas. Ninguém vai para os jogos sem ter uma orientação da função que irá exercer durante o evento”, afirmou a gerente, ressaltando que a antecedência no processo de seleção, que terá início dia 28 de agosto pelo site http://www.rio2016.com/comite-organizador/voluntarios ajuda na qualificação da mão de obra para as mais de cem funções a serem executadas pelos cerca de 70 mil voluntários que serão mobilizados nos dois períodos de jogos, os Olímpicos, em agosto,e os Paralímpicos, em setembro de 2016.

Por se tratar de uma longa jornada, a disponibilidade de horário é indispensável para garantir a credencial de voluntário. “Os treinamentos são fora do horário comercial, podendo ocorrer à noite ou nos fins de semana. Dependendo da função que o voluntário for desempenhar, o treinamento presencial pode chegar a 60 horas. Já o online chega a 20 horas. Vale lembrar que o curso de inglês, que será realizado em parceria com uma empresa online, não está incluído nessa carga horária, ou seja, ainda serão contabilizadas mais horas ao treinamento”, explicou Any.

Em relação às vagas de trabalho que estão sendo geradas pelas Olimpíadas e Paralimpíadas, a gerente  Eloise Brillo destacou o desafio do Comitê de incluir a população carente e que vive no entorno dos locais de competição. “Precisamos, e muito, da parceria com as instituições formadoras de mão de obra, na criação de cursos, até por conta dessa dimensão de volume, para que possamos entregar os jogos com a quantidade de pessoas que a gente precisa”, destacou a gerente, que disse que entre vagas diretas e indiretas, as demandas em diversas áreas de trabalho tanto do comitê quanto de seus fornecedores pode chegar a mais de 80 mil vagas.

Os presentes destacaram o enorme desafio que têm pela frente. “Causa-nos grande preocupação em atender esta demanda com qualidade”, disse o vice-diretor do Cefet, Mauricio Motta. Sobre o perigo de esta mão de obra que está sendo qualificada não conseguir atingir níveis de empregabilidade satisfatória no pós evento, a subdiretora-geral do Fórum de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, Geiza Rocha, fez questão de ressaltar que o presente ainda continua sendo o grande foco do projeto. “Se trabalharmos bem agora, teremos que nos preocupar menos com 2017, em relação à empregabilidade da mão de obra que estamos formando, pois tem muita demanda de diversas áreas, como hotelaria, restaurantes, petróleo e gás, entre outras, que vêm como consequência do desenvolvimento que está ocorrendo no estado”, afirmou Geiza, ressaltando que a necessidade de trabalhar agora é de extrema importância. “Não dá mais para ficar projetando para daqui a algum tempo, pois já aconteceu”, concluiu.

Estiveram presentes na reunião os representantes da Adesg, Aileda de Mattos e Fausto de Bessa; Mirella Condé, do Sebrae; a especialista Bianca Gama; os representantes do COI, Paulo Homem e Henrique Pacca; o vice-diretor do Cefet, Maurício Motta; a representante do CIEE, Cintia Gandarely; Cristinae Paladino, da Fetranspor; Edwiges Rosalia e Leonardo Monteiro, da Seeduc; Allan Fonseca, da Firjan; Edimilson Monteiro, da Uezo; a representante da Faetec, Rogéria de Almeida; e Miguel Alvarenga, da Abes.