O Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV/EAESP) lança hoje, em parceria com o Ministério da Fazenda, três volumes que compõem o estudo “Elementos para um mercado de carbono no Brasil”. A pesquisa foi realizada em um ano e tem objetivo de contribuir para o estabelecimento de um sistema de nacional de monitoramento, relato e verificação (MRV) para diminuição de emissões de gases do efeito estufa (GEE) por parte de empresas e setores produtivos no país.
A partir da realidade brasileira e de quatro casos de MRV já em execução (Austrália, Califórnia/EUA, Europa e Nova Zelândia), o estudo analisa os requisitos necessários para a constituição de um sistema de MRV através da coleta e gerenciamento de informações detalhadas sobre as emissões no nível das operações de empresas e organizações, facilitando o acompanhamento por setor e também por agente emissor. “A ideia era ver quais os elementos necessários para se construir um mercado de emissões, se um dia o Brasil quiser ter um”, explica o coordenador do estudo e do programa de política e economia ambiental do GVces, Guarani Osório, ao jornal Valor Econômico. “Para dar preço e montar um instrumento econômico, é preciso montar um sistema que seja o mais acurado possível”, continua, esclarecendo que cada tonelada de carbono deverá ser uma moeda com valor.
A pesquisa aponta a necessidade de articulação e abertura do governo com relação aos setores econômicos contemplados por compromissos (obrigatórios ou não) de redução de emissões, além de demonstrar a importância de um debate mais profundo sobre a precificação do carbono no Brasil.
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