A exploração do pré-sal no país apressou a necessidade de modernização na indústria naval no país, que acaba de receber R$ 41 milhões em investimentos para novas tecnologias e equipamentos. Os recursos, do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, visam a aumentar o índice de nacionalização das embarcações produzidas no Brasil e a capacidade de geração de empregos. E neste contexto que o Rio de Janeiro recebe, entre os dias 13 e 15 de agosto no Centro de Convenções Sulamérica, a 10º edição da Navalshore – Marintec South America, reconhecida como uma das maiores feiras internacionais da indústria naval e offshore.
Um dos projetos em curso mais importantes é o encabeçado pela Petrobras, que envolve o afretamento de 28 sondas encomendadas à Sete Brasil, empresa formada pela estatal, bancos privados e fundos de pensão criada para viabilizar a entrega das sondas até 2020. A entrega das sondas nos prazos é imprescindível para a estatal atingir a produção de 4,2 milhões de barris diários e tornar-se autossuficiente na produção de petróleo e derivados.
A corrida abriu portas para a geração de vagas de empregos para mão de obra qualificada. Segundo o Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore), se em 2003 o número de empregos no setor não chegava a 13 mil, este ano, já foram criadas quase 70 mil vagas. Os estaleiros com apoio do governo, por exemplo, participarão ativamente da criação de 40 mil empregos nos próximos três anos.
Embora exista mão de obra disponível, a qualificação ainda fica aquém da necessidade da indústria e se mantém como um dos principais desafios para a construção naval. Na visão do presidente do Sinaval, Ariovaldo Rocha, o setor continua com intensa demanda por recursos humanos, mas formação de nível técnico e superior é um dos gargalos a ser superado. Categorias que merecem atenção redobrada na formação de pessoal técnico são: soldadores, encanadores, chapeadores, encarregados e mestres.
O gerente comercial do estaleiro TCE, Danilo Teixeira, confirma este cenário. Segundo ele, a falta de mão de obra qualificada impacta diretamente no cronograma de entrega dos projetos da empresa e a procura por profissionais qualificados inflaciona os salários, além das grandes empresas terem que implantar cursos para melhorar o desempenho dos funcionários. “A maior defasagem que encontramos hoje é no setor de soldagem”, identifica.
Uma oportunidade prática de aprimorar a qualificação para quem vai pleitear vagas na indústria naval é participar dos os workshops técnicos que acontecerão nos dias 14 e 15 de agosto, no Rio de Janeiro (RJ), durante a 10ª Navalshore – Marintec South America, e que tratarão dos temas: galvanização, soldagem e construção naval. Segundo o gerente do evento, promovido pela UBM Brazil, Renan Joel, os workshops técnicos foram elaborados com a intenção oferecer soluções para as dificuldades que permeiam a qualificação de mão de obra. “O objetivo é promover o aprimoramento e contribuir para a formação profissional da indústria naval e offshore”, diz.
Para se inscrever nos workshops (que custam de R$ 210 a R$ 250, dependendo da data de compra) basta acessar o site oficial do evento: www.navalshore.com.br.
Serviço:
Navalshore – Marintec South America - Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore
Data: 13 a 15 de agosto
Local: Centro de Convenções Sulamérica - Av. Paulo de Frontin, 1 - Cidade Nova
Informações: www.ubmnavalshore.com.br