O Fórum de Desenvolvimento do Rio reuniu em sua Câmara Setorial de Tecnologia, nesta terça-feira (09/04), na Associação Brasileira de Educação, representantes de cinco secretarias municipais de ciência, tecnologia e inovação para debater a construção de uma cultura de inovação.
O Fórum de Desenvolvimento do Rio reuniu em sua Câmara Setorial de Tecnologia, nesta terça-feira (09/04), na Associação Brasileira de Educação (ABE), representantes de cinco secretarias municipais de ciência, tecnologia e inovação para debater os projetos e os entraves existentes na construção de uma cultura de inovação. Dentre as dificuldades comuns estão a falta de mão de obra qualificada, de oferta de cursos de capacitação e de informações sobre linhas de financiamento para projetos de inovação e a ausência de uma ação coordenada entre as esferas municipais, estaduais e federais.
As informações relatadas servirão para enriquecimento e construção do seminário “O papel do município na inovação: incentivo e estratégia de desenvolvimento”, que será realizado pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio. Serão convidados para o seminário os 92 municípios do estado para apresentar boas práticas e ferramentas para estimular e disseminar a cultura da inovação.
Para Geiza Rocha, subdiretora-geral do Fórum, o debate foi um passo importante para estruturar o encontro e chamar a atenção para a importância de ouvir as demandas dos municípios criando uma maior sinergia entre as instâncias de Poder. "Existem problemas comuns quanto ao desenvolvimento da área de tecnologia e inovação nos municípios. Mas esses gargalos só serão solucionados com planejamento que leve em consideração as características e vocações econômica de cada localidade", afirmou. Hoje, segundo Geiza, menos da metade nos municípios do estado possuem uma secretaria que aborde o tema Ciência e Tecnologia. "Por isso a importância de ouvir as cidades. O município traz a visão, o Estado contribui na definição de estratégias e o Fórum busca a criação de sinergias com as entidades da sociedade civil organizada e as universidades", acrescenta.
Diferentemente da maioria dos municípios que sofrem com a escassez de mão de obra qualificada, o caso de Petrópolis inclui um novo desafio, como relatou Luís Claudio Hammes Abreu, diretor da secretaria de Ciência e Tecnologia de Petrópolis O município conta com centros que recrutam e capacitam pessoas na área tecnológica para atuar no mercado de trabalho, porém, o que se tem observado é que essa mão de obra qualificada não tem escolhido como destino as empresas na localidade, e sim municípios vizinhos como a cidade do Rio de Janeiro "Precisamos incentivar o crescimento dessa área quando vislumbramos as possibilidades de desenvolvimento decorrentes do investimento em inovação, ciência e tecnologia. Com a mão de obra capacitada já conseguimos atrair empresas que auxiliam na empregabilidade e a fomentar a área, agora falta fixar essa mãode obra".
Participaram do debate representantes da Associação Brasileira de Educação, do Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro, da Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro e da GestRio.