Programa Rio Capital da Energia é apresentado para o Fórum da Alerj

Com 35 projetos e investimentos de 500 milhões de reais, o programa Rio Capital da Energia, que visa promover o setor energético e tornar o estado uma referência mundial em energia sustentável, foi apresentado ao Fórum.

Promover a eficiência energética, a inovação tecnológica e a energia verde são os pilares do programa “Rio Capital da Energia”, coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico. Ele foi apresentado, nesta quinta-feira (05/07), em reunião da Câmara Setorial de Infraestrutura e Energia do Fórum do Desenvolvimento Estratégico do Estado, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A coordenadora do programa, Maria Paula Martins, afirmou que 35 projetos já têm um cronograma definido. “A lista soma investimentos já assegurados de, pelo menos, R$ 500 milhões, mas a carteira de projetos é dinâmica e novos deles serão acrescentados ao longo dos meses”, destacou.

O programa “Rio Capital da Energia” pretende mobilizar a sociedade e concentrar recursos em torno do setor energético, fazendo do estado uma referência mundial na energia sustentável. Durante a apresentação, a coordenadora lembrou a vocação do estado para a produção de energia. “Aqui, estão concentrados 80% da produção de petróleo nacional, 42% de gás natural, as únicas usinas nucleares do País e o maior número de usinas térmicas a gás, além de novos projetos para geração e inovação tecnológica”, ressaltou, citando a instalação de painéis fotovoltaicos no Maracanã, os ônibus movidos a diesel-GNV e a instalação de sinalização de trânsito com energia solar em Armação dos Búzios, dentre outros.

Segundo o presidente da Associação Brasileia de Energia Alternativa e Meio Ambiente, Ruberval Baldini, esta é uma iniciativa louvável, já que a articulação e a motivação feitas pelo Governo estadual podem ser determinantes para o sucesso do programa. Ele lamentou, no entanto, o pouco espaço da oferta de energias solar e eólica entre os projetos. “É preciso uma quebra de paradigma nesta questão. É tempo de colocarmos as alternativas em prática, como a micro geração (pequenas inciativas de geração de energia) e as energias solar e eólica. Os investimentos estão concentrados em fontes do século passado. Já passou da hora de pensarmos como século XXI, em um conceito sustentável de energia”, defendeu Baldini.

Maria Paula reiterou a vontade de estabelecer parcerias. “Nosso papel é unir esforços. Dessa maneira, encurtamos o trabalho estabelecendo um atalho para chegar aos resultados. Vou incorporar o que foi debatido e ter reuniões com esses representantes. Esse é um programa que está apenas começando”, afirmou a coordenadora. A reunião, presidida pela secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha, teve a participação dos representantes do Inmetro, Orlando Bandeira; do Clube de Engenharia, Carlos Ferreira; da Associação Comercial do Rio, Sergio Peres Vianna; da Hobeco Sudamericana, Luciana Oliveira; e da Universidade Federal Fluminense, Geraldo Tavares, além do diretor da Enersud – desenvolvedora de equipamentos para a geração de energias renováveis – , Luiz César Pereira.

(Texto do Priscilla Daumas)