Pela primeira vez no Estado do Rio de Janeiro, três tipos de rochas ornamentais, Carijó, Madeira e Cinza passam a ter suas próprias marcas de procedência. Extraídas da região Noroeste Fluminense, as pedras receberam a Indicação Geográfica (IG) do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
“O registro precisa ser comemorado, pois agrega valor às pedras produzidas no estado e terá impacto direto sobre o interesse e a comercialização. As rochas passam a ser consideradas únicas e valorizadas por suas características especificas e de origem”, ressalta o Secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro, Julio Bueno.
O valor agregado do produto pode aumentar em até 70% com a garantia comprovada. A certificação pode ser de dois tipos: a Indicação de Procedência (IP) é o nome geográfico conhecido pela produção, extração ou fabricação de determinado produto. Já a Denominação de Origem Controlada (DOC), primeira no mundo concedida para este tipo de rocha, designa produto ou serviço com qualidades ou características exclusiva ou essencialmente dedicadas ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.
“A Indicação Geográfica é uma proteção legal contra o uso de terceiros, como propriedade industrial. Nossa IG é a primeira de Mineral no Brasil e no mundo, esta é a grande importância em termos um selo de qualidade, que poderá beneficiar todos os empresários do Setor Mineral de nossa Região e do RJ”, afirma João Batista Lopes, o Patinho, presidente do Sindicato de Extração e Aparelhamento de Gnaisses do Noroeste (Sindgnaisses).
Baseado na área atual do Arranjo Produtivo Local (APL) de rochas ornamentais, a expectativa é que cerca de 400 empresas apresentem requerimento para obtenção do selo. “A qualidade é sempre uma ótima opção, com o selo de procedência, melhor ainda, precisamos aproveitar este momento para divulgar ainda mais nossos produtos, assim poderemos ter maior agregação de valores, afinal somos os primeiros do Brasil e do Mundo em conseguir a IG Mineral”, afirma Patinho.
O selo de qualidade conquistado pelo Noroeste é resultado do trabalho conjunto do Departamento de Recursos Minerais (DRM), vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, com o Sebrae/RJ, o Sindicato de Extração e Aparelhamento de Gnaisses no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro (Sindgnaisses) e a Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro.
O Rio em Foco já abordou esse assunto. Assista no link http://www.rioemfoco.rj.gov.br/?p=359