Profissionais da área de design debateram as necessidades e demandas do setor na primeira reunião da Câmara Setorial de Negócios Internacionais. A falta de mão de obra especializada e o alto custo das operações foram algumas das questões discutidas no encontro.
Os desafios para o desenvolvimento do design no Estado do Rio foram debatidos pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, nesta terça-feira (06/03), durante a primeira reunião da Câmara Setorial de Comércio Exterior do grupo. No encontro, realizado na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Centro do Rio, foram recebidos profissionais que atuam na área de design gráfico e de produtos, que debateram as necessidades e as demandas do setor. Segundo a secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha, esta foi a primeira de uma série de encontros que acontecerão com profissionais dos diferentes setores da Economia Criativa.
“O setor de serviços é muito forte na economia do nosso estado e, por isso, estamos focando em discussões com os profissionais que atuam nestas áreas, para tentar formular propostas que possam estimular estas atividades”, afirmou Geiza. Entre as propostas levantadas na reunião, estão a criação de um programa de internacionalização, em que designers fluminenses receberiam apoio para participar de encontros e congressos internacionais, e a concessão de incentivos fiscais pelo Governo do estado e pelas prefeituras para empresas e agências locais.
Para o designer Gustavo Gelli, o setor precisa ter mais apoio governamental, principalmente no que se refere à redução de impostos para a aquisição de equipamentos. “O design brasileiro não tem competitividade, mas tem muita qualidade”, destacou. Segundo Gelli, os principais problemas são a falta de mão de obra especializada e o alto custo das operações, que deixam as agências nacionais em posição desfavorável. “As grandes empresas internacionais estão vindo para o Brasil, oferecendo seus serviços e contratando os profissionais que temos por salários muito superior ao do nosso mercado. Se não houver uma política de incentivos para esta área no País, haverá um grande colapso”, alertou.
O Fórum pretende continuar recebendo profissionais de serviços e da Economia Criativa para conhecer as demandas e os desafios e formular propostas. Na próxima reunião da Câmara Setorial de Negócios Internacionais, serão recebidos convidados que atuam com música e audiovisual. Na reunião desta terça-feira, estiveram presentes representantes da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan), da Federação do Comércio do Estado (Fecomercio-RJ), do Sebrae, da ACRJ, da TI Rio e dos Correios.
(Texto de André Coelho)
Fecomércio e Fórum Permanente incentivarão economia criativa - http://www.querodiscutiromeuestado.rj.gov.br/detalheVideo.php?videoId=102&t=F