Eventos esportivos deixarão legado de inclusão social e educação

Os maiores legados deixados pelos eventos esportivos que serão sediados no Brasil e, principalmente no Rio, são a inclusão social e a educação nos próximos anos. Os projetos e instalações poderão ser usados para o incentivo às práticas esportiva, inclusiva e educativa.

 

A inclusão social e a educação serão os maiores legados deixados pelos eventos esportivos que serão sediados no Brasil, e principalmente no estado do Rio, nos próximos anos. Todas as instalações e projetos que visam à melhoria da cidade do Rio, por exemplo, poderão ser usados para o incentivo às práticas esportiva, inclusiva e educativa.

 

Quem informa é o coordenador da Fundação Gol de Letra, Felipe Pítaro Ramos, que disse, nesta quarta-feira (11/08), durante debate promovido pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, que o Rio pode se tornar uma cidade “mais rica por conta desses eventos”.“É importante promovermos a inclusão no nosso País através do esporte. Precisamos de um plano para aproveitar os espaços e o interesse que jogos e competições causarão nas nossas crianças”, afirmou Ramos.

 

Além da Gol de Letra, a Fundação Roberto Marinho (FRM) também participou da discussão, que foi mediada pela secretária-geral do Fórum, a jornalista Geiza Rocha. De acordo com Nelson Santonieri, representante da FRM, a fundação desenvolveu um projeto que atenderá os turistas que estiverem no estado durante as partidas da Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016.

 

A proposta será voltada, mais especificamente, para os setores de segurança, educação, hotelaria e gastronomia. O projeto “Olá, Turista!” pretende reunir aproximadamente 80 mil profissionais destas áreas para que eles tenham acesso a cursos de língua estrangeiras. “Vamos aproveitar esse gancho da Copa e das atividades olímpicas para fundamentar o atendimento ao turista. Só na Copa do Mundo, devemos receber, pelo menos, 500 mil turistas durante apenas um mês”, alertou Santonieri.

 

Já o diretor-geral do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Leonardo Gryner, falou sobre o projeto de adequação da cidade do Rio para as Olimpíadas de 2016. O município sediará 44 campeonatos mundiais em 17 dias de jogos. A estimativa do COB é de que o Rio vai hospedar 11 mil atletas de 204 países, com a ajuda de 70 mil voluntários. Com os ingressos, pretende-se arrecadar US$ 6,5 milhões. Além disso, Gryner apontou que, no total, haverá uma movimentação de US$ 51,1 bilhões para a economia do País. “A visão da campanha é a realização de jogos de celebração e transformação social. Além disto, um legado significante que estes grandes jogos desejam deixar para o Brasil e para o estado é a inclusão de um currículo mínimo para a disciplina de educação física nas escolas, o que hoje não existe. O estabelecimento de um determinado número de horas para as aulas contribuiria para o desenvolvimento dos nossos jovens estudantes”, defendeu.

 

Em menos de dez anos, o Brasil já sediou, e ainda sediará, eventos esportivos que o colocam no topo da visibilidade mundial no setor. O Estado do Rio de Janeiro, o maior em referência esportiva no País atualmente, conseguiu conquistas surpreendentes nos últimos anos. Elas foram citadas durante o debate do Fórum. Além dos jogos Pan-americanos e Paraolímpicos de 2007, a próxima década também promete muitos incentivos para desenvolver as práticas esportivas em território fluminense. Além da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, o Rio também sediará um dos maiores eventos do esporte mundial – uma vitória pouco conhecida: receberá, em 2011, os V Jogos Mundiais Militares. “O sucesso dos jogos pan-americanos e o legado das instalações deixadas pelo evento foram fundamentais para essa escolha”, frisou o gerente de Relações Institucionais dos Jogos Mundiais Militares de 2011, Jorge da Rocha.

 

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