Pequena empresa precisa de política pública. Não de protecionismo, de favorecimento, mas de estímulo para crescer e se tornar competitiva. De acordo com dados do Sebrae Nacional, das 5,1 milhões de empresas existentes no País, 98% são micro e pequenas (MPEs). Se em número são representativas, quando colocamos uma lupa sobre elas, vemos que em termos de faturamento elas são responsáveis por apenas 20% do Produto Interno Bruto (PIB), apesar de empregarem 53% das pessoas com carteira assinada no País.
Há portanto um bom teto para trabalhar. É fato que a Lei das Micro e Pequenas Empresas e os recentes aperfeiçoamentos, incluindo mudanças no teto de enquadramento foram um avanço. Mas ainda é necessário fazer mais. Precisamos desburocratizar (medida que beneficia os grandes também), e trabalhar para que as MPEs se tornem competitivas.
Promover as Compras Governamentais é um caminho. Outro, é estimular que elas ingressem nas cadeias de fornecedores das grandes empresas locais. Preparar o empreendedor para atuar em rede, mostrar que é possível competir no fornecimento de insumos para o Governo e suas empresas, e principalmente mostrar as vantagens que ele possui ao se formalizar são ações que se lideradas pelo Estado podem garantir um crescimento exponencial da participação destas empresas.
No Rio de Janeiro, o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro Jornalista Roberto Marinho está atento a este tema. Em 2010 e em 2011 realizamos no Plenário da Alerj mobilizações pela aprovação da lei que ampliou
o teto das micro e pequenas empresas. E este ano, a idéia é promovermos encontros para sensibilizar prefeitos e gestores dos municípios para a importância de estimular a entrada destas micro e pequenas empresas na lista de fornecedoras. Temos a Copa do Mundo e as Olimpíadas, eventos que estão modificando as cidades. É uma oportunidade e tanto para modificar também estes números.