Professor afirma que gestão de megaeventos esportivos deve ser pública

"Precisamos entender que o legado é uma definição em progresso. Isso significa que ela ocorre de acordo com as circunstâncias. Trata-se de um conceito dinâmico, onde se trabalha para chegar a um determinado lugar ".

União, estado e municípios devem conduzir, juntos, a gestão dos megaeventos esportivos que trarão benefícios para o Rio de Janeiro. A afirmação foi feita pelo professor de Educação Física Lamartine Costa, da Universidade Gama Filho, durante palestra sobre o conceito de legado esportivo no Brasil, organizada pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio, da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). “Em uma primeira tomada de posição, a maior parte das despesas acaba sendo alocada nas esferas governamentais. Então, não é outra entidade, fora o Governo, que decidirá o futuro dos investimentos”, afirmou.

O professor ressaltou que os próximos grandes eventos sediados, principalmente, na cidade do Rio de Janeiro, como a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, precisam contar com a participação da sociedade. Durante sua apresentação, Costa também falou sobre o conceito de legado. “Precisamos entender que o legado é uma definição em progresso. Isso significa que ela ocorre de acordo com as circunstâncias. Trata-se de um conceito dinâmico, onde se trabalha para chegar a um determinado lugar. Apesar de necessitar de um planejamento preliminar, o legado vai sofrer mudanças ao longo de seu processo”, esclareceu.

A secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha, enalteceu a importância da discussão e garantiu a continuidade do trabalho. “A partir dessa nossa discussão, o Fórum vai ter como associar todos os assuntos voltados para o legado esportivo no Brasil e em nosso estado. Queremos saber e ouvir das autoridades públicas o que está sendo feito”, disse. Na próxima sexta-feira (25/11), às 9h, o Fórum realizará, no Plenário Barbosa Lima Sobrinho, um encontro com o tema “O papel do Legislativo no legado dos megaeventos esportivos de 2014 e 2016”.

(texto de Paulo Ubaldino)