Micro e pequenas empresas brasileiras obtêm alto índice de sobrevivência

O estudo “Taxa de Sobrevivência das Empresas no Brasil”, lançado pelo Sebrae, indica que o alto índice de sobrevivência de MPE's abertas no Brasil é resultado do avanço da legislação, o aumento na escolaridade, a maior demanda por capacitação e o crescimento do mercado consumidor.

estudo “Taxa de Sobrevivência das Empresas no Brasil”, que foi lançado hoje (20/10), pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, indica que o alto índice de sobrevivência de micro e pequenas empresas (MPE) abertas no Brasil é resultado do avanço da legislação referente às micro e pequenas empresas, o aumento na escolaridade dos empreendedores, a maior demanda por capacitação dos empresários e o forte crescimento do mercado consumidor brasileiro. Segundo a pesquisa, a cada 100 micro e pequenas empresas (MPE) abertas no Brasil, 73 permanecem em atividade após os primeiros dois anos de existência. 


“O ambiente legal está muito mais favorável desde a criação do regime tributário do Supersimples, que já conta com mais de 5,5 milhões de optantes, e a criação do Empreendedor Individual, que já tem 1,6 milhão de pessoas formalizadas”, afirma Barretto. “O Sebrae também percebeu que o empresário está buscando capacitação e inovação para ser mais competitivo, já que não se fazem mais negócios com base apenas na experiência e intuição”, completa.


Os micro e pequenos negócios, juntamente com os empreendedores individuais, representam 99% do total de empresas e mais da metade dos empregos formais no País.


A taxa de sobrevivência de 73,1% das micro e pequenas empresas se refere àquelas que nasceram em 2006 e estão há pelo menos dois anos completos em atividade. O índice demonstra avanço em relação ao ano anterior, já que aquelas que abriram as portas em 2005 tinham 71,9% de sobrevivência. O estudo mostra que as indústrias são as que mais obtêm sucesso. De cada 100 empresas abertas, 75,1% permanecem ativas nos dois anos seguintes. Em seguida, aparecem comércio (74,1%), serviços (71,7%) e construção civil (66,2%). As empresas da região Sudeste apresentam os melhores índices (76,4%). Na sequência, vêm as regiões Sul (71,7%), Nordeste (69,1%), Centro-Oeste (68,3%) e Norte (66,0%).


Comparando o desempenho nacional com o de outros países, o país aparece em situação privilegiada. O índice de sobrevivência das micro e pequenas empresas brasileiras é superior ao de nações como Espanha (69%), Itália (68%) e Holanda (50%) e bastante próximo do Canadá (74%). Na Europa, os dados são verificados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).