Secretaria de Cultura leva cursos de gestão para o interior do estado

“O Rio de Janeiro é o maior pólo de atração de talentos criativos da atualidade - o que já é uma enorme vantagem competitiva -, mas temos que pensar grande nesta, que é a economia do futuro", afirmou Marcos André Carvalho, na reunião do dia 27/09, da Câmera Setorial de Economia Criativa.

“O Rio de Janeiro é o maior pólo de atração de talentos criativos da atualidade - o que já é uma enorme vantagem competitiva -, mas temos que pensar grande nesta, que é a economia do futuro. A economia criativa abrange 19 setores, mas qualquer empreendedor, seja ele um vendedor de pregos, precisa entender a nova lógica de mercado. Não estamos mais na era do tangível, estamos no tempo da criatividade. O mundo inteiro está mudando. Hoje, 17,8% do PIB do nosso estado é baseado na economia criativa. E, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 10% do PIB mundial é voltado para essa economia”, afirmou Marcos André Carvalho, coordenador de Economia Criativa da Secretaria Estadual de Cultura, na reunião dessa terça feira (27/09) da Câmera Setorial de Economia Criativa do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado. Além de dados gerais sobre a economia criativa, o coordenador falou sobre o esforço da secretaria na formação de produtores culturais e no trabalho de interiorização que está sendo feito. 

No inicio da apresentação, o coordenador falou sobre os desafios com a nova economia criativa. Segundo ele, é difícil encontrar patrocínio efetivo para esse tipo de empreendimento. “Os financiamentos são mais complicados, pois não há como mensurar nenhum valor em antemão. Não há maneira de calcular as possibilidades e o rendimento de projetos que envolvam economia criativa. O mercado ainda está em adaptação”, explicou. Quando perguntado sobre a participação e patrocínio de pequenas empresas nesse tipo de empreendimento, o coordenador admitiu a necessidade de mudança. “Não há, atualmente, grandes benefícios para a pequena e média empresa no financiamento e envolvimento com esse tipo de negócio. O patrocínio cultural só beneficia as grandes empresas via redução de imposto de renda. Isso é algo que deve ser ainda resolvido”, afirmou.

Lançado ano passado pela Secretaria, o projeto Rio Criativo tem como objetivo estimular o potencial da economia criativa para o desenvolvimento socioeconômico do Estado do Rio de Janeiro e a expressiva vocação cultural fluminense. Segundo o coordenador, as incubadoras não pretendem atender apenas aos incubados oferecendo serviços e cursos, mas a todo e qualquer empreendedor. “Queremos desenvolver e envolver as empresas. No primeiro ciclo do projeto, que dura 2 anos e meio, temos um investimento público de R$ 6,5 milhões, mas a ideia é que as empresas privadas se tornem parceiras e subsidiem a mudança”, explica.

Além do coordenador, estavam presentes Carla Riquet, Coordenadora de Formação e Qualidade do Sindicato de Hotéis, bares e Restaurantes (SindRio-RJ); Ana Paula Fonte, Coordenadora de Ações Institucionais da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan); Paulo Roberto de Mattos, representante do Centro Integração Empresa Escola (CIEE); Carlos Ferreira, representante do Clube de Engenharia; Pedro José Braz, representante da Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag); Julia Zardo, representante da Puc-Rio; Maria Helena, diretora técnica da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA); Cláudia D’Ávila, representante da Federação de Comércio do Estado (Fecomercio); e Flavio Poggian do Conselho Regional de contabilidade.

A próxima reunião da Câmara Setorial de Economia Criativa do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado será no dia 25 de outubro.