Legado social

Os megaeventos esportivos que sediaremos daqui até 2016 já transformaram a cidade do Rio de Janeiro em um verdadeiro canteiro de obras. Mas para além das mudanças na infraestrutura, que impactarão os municípios do entorno, precisamos nos preocupar com o legado social.

Os megaeventos esportivos que sediaremos daqui até 2016 já transformaram a cidade do Rio de Janeiro em um verdadeiro canteiro de obras. Mas para além das mudanças na infraestrutura, que impactarão os municípios do entorno, precisamos nos preocupar com o legado social. Isto significa a formação de uma geração de atletas e de jovens que encontram no esporte uma saída para ascender socialmente. E, como garantir que estes eventos possam alavancar esta transformação? Investindo.

É preciso mergulhar nesta questão, estimular as iniciativas que promovam competições não apenas internacionais, que já vem se tornando comuns, mas disputas nas ruas, como as corridas – cada vez mais comuns -, e eventos intermunicipais, como as Olimpíadas da Baixada – que mobilizam escolas e aparelhos esportivos públicos das cidades –, ou, ainda, nos esportes de aventura, que se utilizam da natureza espetacular que temos.

Um dos motivos pelos quais o Comitê Olímpico Internacional escolheu o hemisfério sul e, mais especificamente, o Brasil para sediar os Jogos Olímpicos foi a necessidade de chegar aos jovens, imprimir o espírito olímpico em seus corações e estimular a participação deles na audiência dos eventos. Alegria temos de sobra para fazer estes eventos inesquecíveis. Agora temos que mostrar que esta energia que nos move pode ser transformadora das realidades que possuímos em nosso território.

O Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico vem ouvindo especialistas do setor para traçar ações e estratégias. Um trabalho da Universidade do Estado do Rio de Janeiro em parceria com a Suderj está levantando dados quantitativos e qualitativos sobre a gestão do esporte nas nossas cidades. Temos certeza de que este esforço pode contribuir para trazer luzes à questão e fazer com que possamos nos orgulhar destes eventos não pelas medalhas, mas pelas vidas que eles transformarão.