"Há um movimento iniciante nas empresas brasileiras para conduzir à inovação"

Um novo cenário começa a ser criado nas empresas brasileiras: em contramão a uma tendência oposta anterior, empresas nacionais estão passando a insistir em investimentos em inovação mesmo em momentos de retração econômica, como o atual.

Um novo cenário começa a ser criado nas empresas brasileiras: em contramão a uma tendência oposta anterior, empresas nacionais estão passando a insistir em investimentos em inovação mesmo em momentos de retração econômica, como o atual. Esta foi uma das afirmações de Glauco Arbix, presidente da FINEP, em palestra realizada na terça, 13/9, na Câmara de Comércio Americana (Amcham), no Rio de Janeiro.

“Isso demonstra maior maturidade. A hora de investir mais em P,D&I são os momentos de crise, mas sempre tomávamos o caminho inverso. Agora sente-se que o empresário não quer desistir”, afirmou Glauco. O presidente da Financiadora mostrou em detalhes as diversas ferramentas disponíveis para financiamento, além de divulgar os números crescentes de demanda a recursos.

“Neste momento, a carteira FINEP tem quase três mil projetos ‘vivos’, ou seja, em andamento ou na fase de contratação, o que corresponde a uma demanda real por cerca de R$ 14,8 bilhões”, disse. Em 2010, a Financiadora comprometeu um total de cerca de R$ 4 bilhões, um salto histórico desde os R$ 300 milhões de 2003.

Parte da palestra teve foco na demonstração de oportunidades nas áreas de TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação), setor estratégico na economia brasileira, e que apresenta grande déficit comercial: 11,3 bilhões de dólares. Segundo Glauco, “não se trata de ter a pretensão de que viremos a produzir tudo sem apresentar déficit em nenhuma área, mas é importante fomentar setores estratégicos que têm potencial de crescer e não conseguem devido a gargalos”, diz.

Na FINEP, a maior parte dos projetos de TIC apoiados contemplam três modalidades: interatividade (aplicativos para TV digital, por exemplo); infraestrutura de telecomunicações (como o novo protocolo ipv6, a “internet das coisas”, acesso à rede em aparelhos domésticos, por exemplo), e plataformas de serviço (serviços de criptografia são algumas delas).

O evento também contou com a presença do presidente da Amcham, Henrique Rzezinski, Hélio Blak, diretor superintendente da Amcham, e de Álvaro Cysneiros, chairman do Comitê TIC–Amcham.

Texto e Foto: Finep