Para aproveitar as oportunidades que os grandes eventos trarão para o Rio de Janeiro durante os próximos anos, colocando as empresas fluminenses em contato efetivo com o mercado que se abrirá, a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro) apresentou, na quinta-feira (25/08), o projeto para a construção de um portal de serviços que reúne informações sobre transporte, hotelaria, opções de lazer e cultura para os visitantes da cidade.
O estudo, que foi desenvolvido em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio de Janeiro (Sebrae-RJ), foi exposto na reunião da Câmara Setorial de Tecnologia do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, no Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) e tem como objetivo criar oportunidades de serviços em Tecnologia da Informação de tal forma que os mesmos possam se perpetuar para dentro da sociedade.
Para o presidente da Assespro, Ilan Goldman, são os serviços o grande problema do Rio de Janeiro para receber os eventos. “Há uma grande carência nesse sentido e é muito claro que a participação das empresas de Tecnologia da Informação (TI) brasileiras nos jogos em si, na logística, será muito difícil. A maior parte desse trabalho já vem pré definido. Quando o Brasil assinou o convênio para receber a Copa 2014, foi como se tivessem dito 'isso aqui não tem discussão'. E evidentemente, as empresas estrangeiras que possuem a padronização dos jogos, trazem um grande diferencial: a experiência passada em outros eventos. Então apesar de todo o discurso, do legado, das oportunidades para o RJ, a gente não encontra essa realidade para as empresas brasileiras”, explicou.
A criação do portal, que ainda está em desenvolvimento, além de identificar as carências em serviços do estado na área de TI, também será capaz de apontar o que fazer e onde investir esforços. “Estamos agora na primeira etapa de construção do portal. Quando conluído, ele não só irá mapear os serviços existentes, mas vai produzir um diagnostico e apresentar as oportunidades”, continua.
Até agora foram localizadas oportunidades no chamado “B to C” - do cliente para o prestador de serviço. Um exemplo seria trazer a facilidade de o turista fazer sua reserva em hotéis via web. Para se chegar a esses resultados foram pesquisados portais que tentam suprir essas demandas em outros países.