Transporte, metalurgia e química batem recorde e superam petróleo em exportação

A participação do Rio de Janeiro nas vendas externas brasileiras cresceu 12,3% no primeiro semestre de 2011, segundo o boletim Rio Exporta da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan-RJ), alacançando, assim, o mais alto patamar da história econômica do Estado.

A participação do Rio de Janeiro nas vendas externas brasileiras cresceu 12,3% no primeiro semestre de 2011,segundo o boletim Rio Exporta da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan-RJ), alacançando, assim, o mais alto patamar da história econômica do Estado.  O estudo mostrou que a indústria de transformação - material de transporte, metalurgia e química - superou a do petróleo com crescimento de 160% nas vendas, quadriplicando os números. Na comparação com o primeiro semestre do ano passado, as exportações fluminenses cresceram 55%, percentual significativamente superior ao registrado em âmbito nacional (33%).

Apenas nesses primeiros seis meses, o setor atingiu US$ 14,5 bilhões em exportações, US$ 8,9 bilhões em importações e saldo comercial de US$ 5,6 bilhões. Já a corrente de comércio fluminense – soma das exportações com as importações – também foi recorde (US$ 23 bilhões). Os Estados Unidos foram o principal parceiro comercial do Estado, tanto nas exportações (US$ 3,1 bilhões) como nas importações (US$ 1,7 bilhão). Dentre os blocos econômicos, a Ásia (US$ 4,6 bilhões) liderou nas exportações – puxada pela China – enquanto a União Europeia (US$ 2 bilhões) destacou-se nas importações, impulsionada pela Bélgica e Alemanha. 

Para o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Fábio Martins, o cenário pode ser mais favorável se questões como melhoria na infraestrutura, com destaque para portos, e na logística em geral, forem levadas mais em conta. “Esses elementos vão permitir que o produto brasileiro ganhe competitividade e possa enfrentar a grande concorrência que existe no mundo, inclusive compensando a excessiva valorização da moeda”, explica.

Quanto às importações, a combinação da demanda local aquecida e a valorização do real delineou o crescimento observado em 19 dos 22 segmentos utilizados no boletim, frente ao mesmo período do ano passado. Os destaques foram as indústrias Extrativa (24%) e Química (14%).