Foco no mar

A burocracia e a informalidade andam juntas. É preciso desatar estes nós, e para isso a informação é a maior aliada. Matéria publicada em um jornal de grande circulação no último fim de semana mostrou que o turismo náutico, não deslancha porque os donos de barco sequer sabem como se legalizar.

A burocracia e a informalidade andam juntas. É preciso desatar estes nós, e para isso a informação é a maior aliada. Matéria publicada em um jornal de grande circulação no último fim de semana mostrou que o turismo náutico, que possui um enorme potencial na Costa Verde, não deslancha porque os donos de barco sequer sabem como se legalizar. Outro entrave é a infraestrutura. Em todo o estado faltam marinas e cais para a oferta de serviços náuticos. Ao mapear o setor, o Sebrae-RJ está contribuindo para sua solução e mais: para o desenvolvimento de uma cadeia produtiva que leve em conta os potenciais que o Rio de Janeiro possui.

Quem pensa que a informalidade tem impacto apenas na arrecadação dos municípios, está enganado. Neste caso específico, em que ela atinge a grande maioria das embarcações (89,5% dos 21 mil barcos registrados na Capitania dos Portos nos municípios de Angra, Mangaratiba e Paraty estão na informalidade), ela afeta a segurança de turistas e reduz a geração de emprego e renda. Além do turismo e da manutenção das embarcações, toda uma cadeia de serviços pode surgir, como a de alimentação, por exemplo.

Este tema não é novo. Em 2010 o programa Rio em Foco mostrou como o Rio de Janeiro poderia ganhar com o reaquecimento da indústria náutica. Em junho deste ano, com o anúncio de uma série de medidas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, retomamos o debate. (A íntegra dos programas pode ser assistida pela internet nos links http://www.rioemfoco.rj.gov.br/?p=339 e http://www.rioemfoco.rj.gov.br/?p=630). O turismo, um dos segmentos que mais emprega pessoas, foi citado em ambos os programas como uma das conseqüências naturais deste desenvolvimento.

Potencial não nos falta. Talvez um pouco de foco e a coordenação de esforços entre as prefeituras e os órgãos de governo possam contribuir para a tomada de ações eficazes que tragam os cidadãos para a formalidade, garantindo-lhes segurança e uma perspectiva de futuro.