Evento do Fórum e da GestRio homenageia criação da carreira de gestor

Otimizar a gestão orçamentária no contexto do desenvolvimento administrativo público e, dessa forma, dar prosseguimento às demandas e interesses da sociedade foram os principais assuntos discutidos no I seminário “Políticas e Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro”.

Otimizar a gestão orçamentária no contexto do desenvolvimento administrativo público e, dessa forma, dar prosseguimento às demandas e interesses da sociedade foram os principais assuntos discutidos no I seminário “Políticas e Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro”, realizado, nesta sexta-feira (29/04), pela Associação dos Especialistas em Políticas e Gestão Governamental, Planejamento e Orçamento (GestRio), em parceria com o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O evento, que aconteceu no Auditório Nelson Carneiro, no prédio anexo ao Palácio Tiradentes, homenageou o primeiro ano de criação da carreira de Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Planejamento e Orçamento, garantida a partir da Lei 5.355/08.

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A abertura do seminário foi feita pelo presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), que parabenizou o grupo pioneiro de especialistas: “A administração pública do Estado do Rio só tem a ganhar com a colaboração desses novos profissionais”. Líder do Governo, o deputado André Corrêa destacou a importância do evento para o estado e acrescentou que a institucionalização da gestão pública deve ser feita de maneira ética. “É a consolidação de uma carreira essencial para que o Governo gaste melhor os seus recursos e possa servir com mais eficiência àquele que é a razão do Estado: o contribuinte, o cidadão comum”, completou o parlamentar.

O secretário de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Sérgio Ruy Barbosa, declarou que encara “as carreiras que estão aqui como instituições públicas”. “Elas são supervisionadas pela Seplag, compondo o moderno ciclo de gestão estadual que foi implantado recentemente, e que engloba dois cargos: Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental e Analista de Planejamento e Orçamento”, afirmou.

Sobre a motivação para organizar o seminário, o presidente da GestRio, Eduardo de Moraes, afirmou que a ideia surgiu devido à dificuldade que as novas carreiras encontram para se tornarem conhecidas. “O objetivo inicial foi divulgar essa carreira, mostrar o que ela faz e reforçar suas atribuições. Conforme os deputados disseram, é preciso ter funcionários que permitam que, a cada eleição, não se perca a continuidade das políticas aplicadas”, apontou Moraes.

Após a abertura do evento, que ainda contou com a participação do diretor da Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Anesp), Rodrigo Novaes, teve início o primeiro ciclo de palestras, que contou com o economista e professor da UFRJ Carlos Lessa como convidado. “Sediar tal evento aqui na Alerj é uma oportunidade ímpar para desenvolver um pensamento conjunto entre os poderes Legislativo e Executivo. O seminário teve como objetivo construir uma estrutura teórica em volta da carreira dos gestores políticos, para assim desenvolvê-la”, discursou a secretária-geral do Fórum, jornalista Geiza Rocha.

Na segunda etapa do evento, ocorrida à tarde, quatro palestrantes expuseram opiniões e soluções para as questões abordadas. Presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Sérgio Magalhães indagou sobre a falta de interesse e investimentos nas políticas públicas relacionadas à sustentação urbanística do Rio de Janeiro. “Minha preocupação é com a precariedade das políticas que debatem o desenvolvimento de nossa cidade. Torna-se difícil encontrar soluções com ideias ainda embrionárias”, acrescentou.

O professor da UFRJ Luiz Martins de Melo preferiu discutir os problemas que o estado poderá ter após a realização de megaeventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. O avanço urbanístico desenfreado foi assunto dos outros dois palestrantes: o também professor da UFRJ Mauro Osório, que utilizou gráficos para comprovar a falta de espaço para ocupação do solo pela população que migra para a capital, e o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) José Luis Vianna, que demonstrou preocupação com a escassez de empresas que visam ao desenvolvimento do Norte fluminense.