Clube de Engenharia promove debate sobre aquecimento global nesta quinta

Com o aumento da ocorrência de catástrofes naturais, o mundo se volta para debates que busquem saídas para minimizar estes impactos. Seguindo esta tendência, o Clube de Engenharia realiza, nesta quinta feira (31/03), palestra voltada para as emissões de gases estufa das fontes geradoras de eletricidade.

Com o aumento da ocorrência de catástrofes naturais, o mundo se volta para debates que busquem saídas para minimizar estes impactos.  Seguindo esta tendência, o Clube de Engenharia realiza, nesta quinta feira (31/03), palestra voltada para as emissões de gases estufa das fontes geradoras de eletricidade. Com entrada gratuita, o palestrante convidado, Carlos Feu Alvim, doutor em física, diretor da organização Economia e Energia e consultor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), participará do encontro.

 Os gases estufa são substâncias gasosas que absorvem parte da radiação infra vermelha, emitida principalmente pela superfície terrestre, e dificultam seu escape para o espaço. Isso impede que ocorra uma perda demasiada de calor, mantendo a Terra aquecida. Alguns destes gases são o dióxido de Carbono(CO2), o metano(CH4), o oxido nitroso(N2O), e também o vapor d'água. Segundo Alvim, as consequências do aumento desses gases na superfície pode causar uma maior retenção de calor.

 “A temperatura média aumenta e as geleiras se reduzem. Com isso, eleva-se o nível do mar. A mudança na temperatura média pode alterar o regime de chuvas, a produtividade agrícola e a presença de insetos que propagam doenças. Também a freqüência de fenômenos metrológicos extremos pode ser afetada. Todas estas são consequências de longo prazo,  mas já existem indicações de estarem ocorrendo. A preocupação é de apareçam como mais graves no futuro”, explica.

 Segundo Alvim, para que os efeitos sejam minimizados no Brasil a medida mais importante é a redução do desmatamento. Aumentar a produtividade, principalmente na agropecuária, é outra área onde é possível um progresso importante. “Apesar disso, na área energética, o Brasil tem uma posição relativamente confortável pela predominância da hidroeletricidade e do uso da biomassa. A energia nuclear já dá uma contribuição importante na redução das emissões, que seriam 3% maiores na área energética se a produção de eletricidade fosse de origem térmica”, explica.

Em relação a produção de energias sem prejudicar a estabilidade do planeta, Alvim ressalta que, no Brasil, a atuação deve ser a de contenção do desmatamento sem que se comprometa a necessidade de produção de alimentos. A idéia é aumentar a produtividade reduzindo emissões diretas e indiretas, mantendo um perfil energético limpo sem comprometer suas necessidades energéticas. É na manutenção desse perfil limpo de gases de efeito estufa que a energia nuclear pode colaborar.

Serviço:

Palestra “Emissões de gases de efeito estufa das fontes geradoras de eletricidade”

Local: Av. Rio Branco, 124. 20° andar. Centro. Rio de Janeiro.

Data: 31/03/2011

Horário: 18h

Entrada Franca