Estudo revela mercado promissor para nanotecnologia

A dimensão do mercado nacional de nanotecnologia somou no ano passado cerca de R$ 115 milhões. Considerado pequeno pelo presidente do Conselho Empresarial de Tecnologia da Firjan, Fernando Sandroni, o mercado de produtos no país possui, graças ao incentivo dado pelo governo federal, um potencial muito grande.

 A dimensão do mercado nacional de nanotecnologia somou no ano passado cerca de R$ 115 milhões. Ainda considerado pequeno pelo presidente do Conselho Empresarial de Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Fernando Sandroni, o mercado de produtos nanotecnológicos desenvolvidos no Brasil possui, graças ao incentivo dado pelo governo federal, um potencial de crescimento muito grande. “O próprio governo elegeu a nanotecnologia como um campo de atuação tecnológica prioritário para ser atendido pelos programas federais”, disse.

 A nanotecnologia é a capacidade potencial de criar coisas a partir da colocação de cada átomo e cada molécula do material no lugar em que se deseja. O resultado desse sistema promete mudar a indústria. Há expectativa que esse tipo de avanço represente algo maior do que foi a revolução tecnológica. As conseqüências seriam econômicas, sociais, ambientais e militares.

 Essa tecnologia possibilita a fabricação de produtos mais duráveis, limpos, seguros e inteligentes, tanto para a casa, como para as comunicações, os transportes, a agricultura e a indústria em geral. “Ao cenário econômico otimista, acrescente-se a perspectiva de que os produtos desenvolvidos com base em tecnologia adquiram novas funcionalidades, além de um desempenho aperfeiçoado”, explica Marilene Carvalho, diretora de Inovação e Meio ambiente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

 Divulgada recentemente, a pesquisa “Nanotecnologia e a competitividade da indústria brasileira” produzida pela Firjan baseou-se em consultas feitas a gestores de empresas apoiadas em editais da Finep, onde foram identificados estágios de desenvolvimento, áreas temáticas e resultados estimados em cima de projetos de 2010. Foram analisadas propostas e ações das universidades e governo no sentido de apoiar iniciativas de inovações com nanotecnologia no país.

Hoje existem no Brasil, de acordo com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), cerca de 150 empresas com algum produto envolvendo nanotecnologia ou prestando algum tipo de serviço envolvendo nanotecnologia. Segundo o estudo, os setores que mais apresentam inovações com nanotecnologia são: cosmético e higiene pessoal; equipamentos eletrônicos hospitalares; fármacos e medicamentos; produtos químicos e derivados; produtos têxteis e derivados; alimentos e bebidas; e produtos diversos, como brinquedos e materiais odontológicos.

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