Entidades e indústrias do setor se uniram para criar um instituto nacional voltado para alavancar a cadeia produtiva da reciclagem e cobrar mais incentivos para o ecodesenvolvimento. “Hoje não é levado em consideração o que o setor realmente representa para a economia, por exemplo. Muito é falado sobre a reciclagem, mas as empresas, as indústrias que realmente fazem a reciclagem, não possuem incentivo para o desenvolvimento tecnológico”, explica Glauco Pessoa, presidente do Sindicato das Empresas Despoluidoras do Ambiente e Gestoras de Resíduos do Estado do Rio de Janeiro (Sindieco-RJ)
Apesar do enorme passo dado a partir da sanção pelo governo federal da política de resíduos sólidos, o país ainda precisa avançar em muitos aspectos. Segundo Pessoa, o objetivo desse instituto é tocar para frente a política de reciclagem, viabilizando recursos para quem quer participar do processo. “Os sindicatos e as associações que representam esse setor estão se unindo para tentar, junto ao Ministério do Meio Ambiente, conseguir, na regulamentação da lei, mudar esse quadro de falta de incentivos no setor e mostrar que hoje movimentamos mais de R$ 20 bilhões por ano no Brasil. A idéia é unir entidades que já existem e que representam a indústria da reciclagem ao redor desse instituto para poder dar respaldo às decisões que são tomadas a nosso respeito", ressalta.
A criação do instituto marca a unificação de uma agenda de reivindicações e conversas com o Ministério do Meio Ambiente e governo federal. Apesar de o país estar a frente na política ecológica mundial, muito ainda deve ser feito. “Hoje, o Brasil é um modelo para o mundo de como se deve proceder junto ao meio ambiente. A indústria está fazendo coisas maravilhosas em prol do meio ambiente”, conclui Torvaldo Filho, presidente das Comissões de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).