Especialistas avaliam potencial o mercado de fitoterápicos no Brasil e no Rio

A área da Saúde tem se revelado estratégica para o desenvolvimento do país. Para avaliar este potencial, o programa Rio em Foco que vai ao ar nesta segunda-feira (6/12), às 22h, na TV Alerj (canal 12 da NET), reuniu especialistas para abordar o papel dos medicamentos fitoterápicos no desenvolvimento deste setor.

 

   A área da Saúde tem se revelado estratégica para o desenvolvimento do país. Para avaliar este potencial, o programa Rio em Foco que vai ao ar nesta segunda-feira (6/12), às 22h, na TV Alerj (canal 12 da NET), reuniu especialistas para abordar o papel dos medicamentos fitoterápicos no desenvolvimento deste setor.
 
   Para o coordenador do Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde da Farmanguinhos da Fiocruz, Glauco Villas Boas, o projeto de Fitoterápicos é uma vitrine para outros projetos do setor. Sua contribuição é a compreensão da cadeia produtiva e o papel de cada ator do processo, “Tem sido uma experiência rica participar desse processo. No Brasil, ainda não vemos produtos vindos da biodiversidade para o uso medicinal, esperamos romper esse paradigma”, explica Villas Bôas.
 
   Segundo a responsável técnica pelo "Diagnóstico dos desafios e oportunidades no Mercado de Plantas Medicinais e Fitoterápicos Brasileiro", a economista Lia Hasenclever, existem grandes oportunidades no mercado de fitoterápicos, principalmente no que se refere à produção de medicamentos. Os fitoterápicos representam uma área promissora, dela podem surgir novos princípios ativos e medicamentos ainda não estudados”, afirma Hasenclever.

 

   Para a economista o que falta para o desenvolvimento dos fitoterápicos é o desenvolvimento experimental, “Não existe articulação com o setor produtivo e suas demandas”, explica. Quanto ao papel do Estado, Villas Bôas afirma que a sinalização para a aceitação do poder público sobre os produtos fitoterápicos existe, porém a formalização ainda não está feita. “O Estado teria um papel pioneiro na indução do mercado”, explica o professor. Para Hasenclever, o Estado poderia estabelecer um novo paradigma de produção de medicamentos. “A indústria farmacêutica vivencia um momento de desenvolvimento de novas oportunidades e os fitoterápicos possibilitam a inovação e a produção sustentável”, diz.

   “A garantia de escoamento desses produtos de origem natural é a atenção dada aos critérios de segurança. Além disso, é necessário redesenhar a relação entre o pesquisador e o produtor rural”, ressalta Villas Bôas.

 

   Para os que perderem a exibição, o programa fica disponível no site http://www.rioemfoco.rj.gov.br/ a partir de terça-feira (16/11). Na TV Alerj, o programa tem reprises aos sábados, às 17h, e domingos, às 20h.