Conselho de Educação apoia projeto de Rede de Formação Continuada

Iniciativa, que nasceu de reuniões da Câmara Setorial de Serviços Públicos do Fórum de Desenvolvimento do Rio, prevê a implantação de um sistema, em forma de portal na internet, de caráter social, em prol da formação e qualificação de mão-de-obra eficiente, para suprir as necessidades do estado do Rio de Janeiro. Leia na íntegra.

Os membros do Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro apoiaram a criação da Rede de Formação Profissional Tecnológica Continuada, proposta que prevê a implantação de um sistema, em forma de portal na internet, de caráter social, em prol da formação e qualificação de mão-de-obra eficiente, para suprir as necessidades do estado. A iniciativa partiu do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, presidido pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Jorge Picciani (PMDB). "Esse portal vai disponibilizar os conteúdos de formação para o trabalhador. O acesso será gratuito e disponível a qualquer pessoa que se interesse por se capacitar. Hoje apresentamos aos conselheiros uma iniciativa que está sendo construída e que precisa da participação do Estado", comentou a secretária executiva do Fórum, Geiza Rocha. "Até o final do ano o portal deve estar no ar, ainda para testes, mas já com os conteúdos disponibilizados. No ano que vem já deve estar funcionando normalmente", completou.

Segundo a secretária do Fórum, a participação do Conselho Estadual de Educação é importante porque um dos objetivos da rede é capacitar os alunos que se formam no Ensino Médio, com vistas ao primeiro emprego. O colegiado mostrou-se receptivo à iniciativa. "O Brasil está, de fato, produzindo mão de obra, mas estamos inseridos na modernidade e precisamos produzir trabalhadores mais qualificados", acrescentou o conselheiro Lincoln Tavares. Outra preocupação de Lincoln era em relação ao trabalho agrícola. "Temos que dar valor também aos trabalhadores do campo. Precisamos pensar neles. Principalmente com a agricultura e a pecuária, que precisam abastecer o mercado das grandes cidades", analisou Lincoln.

O projeto conta com um Comitê Gestor, que será dividido em três braços: Pedagógico, Tecnológico e Administrativo/Financeiro. A rede está sendo formulada e formatada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e o portal na internet ficará sediado no campus virtual da Uerj. Serão priorizados os cursos de Petróleo e Gás, Turismo, Tecnologia e Inovação, além da formação profissional para os interessados nos setores de construção civil, serviços, comércio, transporte, logística e energia. "O Fórum é um grande fornecedor de novas ideias e princípios que devem nortear o processo de construção do desenvolvimento. Sua atuação é muito forte em questões de inovação tecnológica e desenvolvimento industrial, social e a melhoria da qualidade de vida", analisou Paulo Alcântara, presidente do Conselho Estadual de Educação.

Alcântara ainda se mostrou animado com a chance do portal se transformar em uma boa saída para os alunos recém formados no Ensino Médio. "Precisamos pensar neste público, para que seja possível, ao final destes três anos críticos para todo jovem, fazer com que eles possam ter perspectivas de um bom emprego ou acesso à universidade. Temos que eliminar a evasão no Ensino Médio e o Rio de Janeiro está dando um passo importante", ponderou Paulo Alcântara.

Atualmente, participam da rede a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), o Senac, a Uerj, a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor); a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Fundação Roberto Marinho, a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), a Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro (Redetec), a UFF, o Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). "Já temos uma boa participação, mas ainda queremos mais parceiros para que a rede possa andar com as próprias pernas", disse Geiza.

Texto de Raoni Alves / Alerj