Fórum sugere maior participação da sociedade em questões ambientais

Interação com os processos de criação das leis também esteve entre as sugestões feitas pela secretária-geral do Fórum de Desenvolvimento do Rio, jornalista Geiza Rocha (foto), em mesa redonda sobre Planejamento Urbano no III Congresso de Biólogos do Estado do Rio de Janeiro e do Espírito Santo (III CRBIO).

Uma participação maior da sociedade tanto nas questões ambientais, quanto nos processos de criação das leis. Essa foi uma das sugestões feitas nesta quarta-feira (20/10) pela secretária-geral do Fórum de Desenvolvimento do Rio, jornalista Geiza Rocha, em mesa redonda sobre Planejamento Urbano no III Congresso de Biólogos do Estado do Rio de Janeiro e do Espírito Santo (III CRBIO).

No evento, que teve início no último dia 18, no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, Geiza apresentou ao público o trabalho realizado pelo Fórum e alguns de seus resultados, como a regulamentação da Lei de Inovação Tecnológica, criada para promover a interação entre empresas, Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) e agências de fomento. A jornalista falou, ainda, sobre a importância de unir atores estratégicos para pensar o desenvolvimento.

Para ela, deve ser levada em conta a questão metropolitana para a resolução de problemas. "Qualquer solução para o planejamento da cidade passa pelo reconhecimento de que temos de ir além dos seus limites. Quando falamos da cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, transporte, saúde e educação não se resolvem sem levarmos em conta a questão metropolitana", ressaltou, citando a Lei 5192/2008, que dispõe sobre a elaboração do Plano Diretor Metropolitano do Estado.

A mesa redonda contou também com a participação do biólogo Santiago Valentim, conselheiro da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária Ambiental (Abes-Rio) e membro da Câmara Setorial de Desenvolvimento Sustentável do Fórum. Santiago iniciou sua palestra exibindo uma animação do projeto Rio 500 anos, uma simulação que mostra, através de mapas, mudanças no Rio de Janeiro desde 1500 e como o crescimento da metrópole foi alterando as paisagens, com consequências diretas sobre o meio ambiente.

O biólogo frisou a necessidade de um diagnóstico e de planejamento e citou o Arco Metropolitano como a primeira construção do Rio de Janeiro que utilizou a avaliação ambiental estratégica. Ele citou, ainda, quais são os aspectos legais que envolvem o planejamento urbano, a complexidade destes aspectos e a dificuldade de incorporá-los ao processo de desenvolvimento. Como membro de diversos conselhos e câmaras técnicas em nível municipal e federal, Santiago reforçou a importância da participação da sociedade nestas questões. "É necessário e urgente um maior engajamento da sociedade. A ideia de processo participativo tem que ser muito mais disseminada e a sociedade precisa ter um envolvimento maior, esquecer a inibição, ocupar mais o seu espaço", ressaltou.

OUTROS TERMAS ABORDADOS NO CONGRESSO

Em três dias, o III CRBIO apresentou pôsteres de trabalhos selecionados, três conferências e três mesas redondas, sobre temas como "Biodiversidade"; "Empreendedorismo e Marketing Ambiental"; "Biotecnologia a Serviço da Biodiversidade"; "O Biólogo e as Novas Perspectivas para a Educação Superior" e "Planejamento Urbano".