Seminário debate megaeventos e o desenvolvimento do Rio

Os benefícios que os barris de petróleo e as obras para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 vão proporcionar no desenvolvimento do território fluminense foram alguns dos principais pontos apresentados no seminário "A Hora e a Vez do Rio". O evento abordou também a dimensão que o estado ganhará no contexto econômico.

Os benefícios que os barris de petróleo e as obras de infraestrutura para a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 vão proporcionar no desenvolvimento do território fluminense foram alguns dos principais pontos apresentados no seminário Exame Fórum - A Hora e a Vez do Rio. Realizado na última terça-feira (5/10) no Centro de Convenções Bolsa de Valores, o evento abordou também a nova dimensão que o estado ganhará no contexto econômico nacional.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, que participou do último painel do evento "A vocação do Rio - qual o perfil da cidade após as Olimpíadas e as novas governanças para esse novo papel", o crescimento do ciclo econômico fluminense está baseado no descobrimento do pré-sal, no aumento de exportações e importações e na instalação de siderúrgicas e portos. Ainda segundo Julio, outro ponto importante desse novo cenário é a mudança da gestão do Estado.

Elvio Gaspar, diretor das áreas de inclusão social e créditos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destacou as múltiplas vocações do Rio, entre elas, a experiência na produção de grandes eventos. De acordo com Gaspar, a questão central é a oportunidade de organizar o estado para o futuro. A Copa e as Olimpíadas serão fundamentais para atrair os recursos necessários para tornar o Rio de Janeiro mais moderno.

Na opinião de Gaspar, o Rio deve aproveitar os eventos esportivos para mostrar o estado, para isso é necessário reinventar a cidade, com o trânsito organizado e a recuperação de comunidades. Além disso, a vocação para o petróleo e gás, energia e turismo de eventos deve ser mais trabalhada. Uma das estratégias que o BNDES está desenvolvendo é o oferecimento de taxas de juros mais baixas. "Nosso desejo é de que essa grande renovação urbana possa reconstruir a cidade não apenas para tratar os velhos problemas, mas os futuros", destacou.

Realizado pela revista Exame, o seminário abordou ainda o tema "Petróleo – como formar fornecedores competitivos, o desafio da mão de obra, as aventuras logística e tecnológica". Ao longo dos últimos anos, o estado tem registrado crescimento na carteira de investimentos, melhorando assim sua economia. Na área de petróleo e gás, o Rio é o maior produtor do país, com 85% do total. A expectativa é passar para 95%. Com o pré-sal, essa proporção aumentará, já que 60% dos campos estão em território fluminense, ou seja, cerca de 40 bilhões de barris em volume recuperável.