Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos apresenta demanda tecnológica

Os investimentos na área operacional dos Jogos Olímpicos de 2016 somam R$ 5,6 bilhões, dos quais R$ 1 bilhão é destinado à tecnologia. Para falar sobre as demandas e o legado que será deixado para a cidade e o estado do Rio, o Fórum recebeu o gerente-geral de tecnologia do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, Elly Rezende.

Os investimentos na área operacional dos Jogos Olímpicos de 2016 somam, de acordo com o COB, R$ 5,6 bilhões, dos quais R$ 1 bilhão é destinado à tecnologia. Para falar sobre as demandas tecnológicas do evento e o legado que será deixado para a cidade e o estado do Rio de Janeiro, o Fórum de Desenvolvimento do Rio recebeu nesta sexta-feira 24 de setembro, o gerente-geral de tecnologia do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, Elly Rezende. De acordo com Rezende, os Centros de TV e Mídia, responsáveis por toda transmissão dos Jogos Olímpicos, depois das instalações, são as áreas que mais demandam tecnologia. ‘’Nos equipamentos visíveis aos usuários, como os telões, planejamos o gasto de R$ 102 milhões", ressalta.

"Toda a sociedade está olhando os Jogos como oportunidade de negócios. A FINEP, por exemplo, identificando esse cenário, acaba de lançar um edital que prevê as áreas de mobilidade e segurança para os Jogos. É importante destacar que a cultura de inovação é recente no Rio, e por isso a troca de experiências entre empresas internacionais, nacionais e governo sempre é bem-vinda", afirmou o especialista em projetos tecnológicos da Firjan, Fabiano Gallindo.

Rezende explicou que o fomento aos negócios é um legado. "Milhares de pessoas serão contratadas na área de TI para os Jogos Olímpicos", ressalta. Na opinião da professora e coordenadora executiva da Agência Puc-Rio de Inovação, Shirley Coutinho,"o Rio concentra os melhores centros de pesquisa do país, podemos usar estes megaeventos para nos tornarmos o centro de referência nacional de vocações tecnológicas’’.

Segundo Rezende, a Anatel está se programando para atender a todos os megaeventos que estão por vir. "Queremos uma transmissão limpa, e para isso, novas tecnologias serão instaladas. A expectativa é que usemos os Jogos para desenvolver um legado tecnológico para a sociedade. Acreditamos que a inclusão digital favorece a inclusão social, daí o foco também na internet sem fio", pontua Rezende.

Durante a reunião foram colocados, ainda, os gargalos existentes hoje nas áreas de transporte, saúde e segurança, o que implica na integração entre as três esferas de governo e o Comitê Organizador. "Queremos gerar uma matriz integrada, solucionar os desafios através de esforços conjuntos nessas áreas. Um ano antes dos Jogos, iremos realizar os testes necessários nas instalações que vão ser usadas, assim como toda a infraestrutura da cidade. Por isso, trabalhamos hoje com cronogramas rígidos para que as interações ocorram", diz Rezende, que elogiou a iniciativa do Fórum de acessar o comitê organizador. "As oportunidades que o evento traz em si são enormes, para deixarmos um legado para o Rio, temos tentado desenvolver parcerias com o empresariado. Não queremos prestação de serviços. A ideia é que as empresas se fixem", finaliza Rezende.