Coleta de lâmpada fluorescente usada no Rio terá início em novembro

Apesar de consumirem menos energia elétrica e possuírem uma vida útil maior, as lâmpadas fluorescentes possuem alto teor de mercúrio, metal reconhecidamente tóxico, que prejudica o meio ambiente no momento do descarte. A partir de novembro será colocado em prática na cidade do Rio um projeto-piloto para a coleta das lâmpadas usadas.

Apesar de consumirem menos energia elétrica e possuírem uma vida útil maior, as lâmpadas fluorescentes possuem alto teor de mercúrio, metal reconhecidamente tóxico, que prejudica o meio ambiente no momento do descarte. Por isso, a partir de novembro será colocado em prática na cidade do Rio de Janeiro um projeto-piloto para a coleta das lâmpadas usadas.

A princípio, haverá três pontos de coleta localizados no Centro, em Benfica e no Recreio, que receberão os produtos de acordo com sua capacidade de armazenamento. Os consumidores pessoa física poderão deixar até cinco lâmpadas e os grandes consumidores pessoa jurídica serão informados sobre os procedimentos a serem seguidos nos postos de coleta.

O armazenamento será feito em local seco e ventilado e segregado dos demais materiais. Após contato realizado pelo comerciante, a empresa de logística reversa terá um prazo de 48h para buscar as lâmpadas.

O plano de gerenciamento do projeto será desenvolvido pela Fecomércio-RJ, pela Secretaria de Estado do Ambiente, pelo Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico Eletrônicos e Eletrodomésticos do Município do Rio de Janeiro (Simerj), pela Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação (Abilumi) e pela Tecnologia Ambiental (Apliquim).

DADOS NO BRASIL

Segundo dados da Eletrobrás, desde o apagão de 2001, quando as chamadas lâmpadas econômicas se incorporaram à vida brasileira, o consumo desse produto manteve-se em escala crescente. Só nos últimos quatro anos, a média de crescimento foi da ordem de 20% ao ano.

Graças ao mercúrio, as lâmpadas fluorescentes reduzem em 80% o consumo de energia, porém o elemento pode contaminar o solo, as plantas, os animais e a água. O Brasil comercializa cerca de 100 milhões de lâmpadas fluorescentes por ano, demonstrando o dano ambiental provocado pelo descarte. As indústrias de reciclagem dessas lâmpadas são responsáveis pelo controle de apenas aproximadamente 6% do estoque de lâmpadas queimadas no país.

CUIDADOS NO MANUSEIO

O consumidor deve ter cuidado no manuseio e uso das lâmpadas fluorescentes, especialmente se houver quebra de uma delas, o que libera o mercúrio no ar. A Abilumi recomenda alguns procedimentos nessa circunstância: não usar equipamento de aspiração para a limpeza; logo após o acidente, abrir todas as portas e janelas do ambiente, aumentando a ventilação; ausentar-se do local por, no mínimo, 15 minutos; coletar os cacos de vidro e colocá-los em saco plástico; utilizar luvas e avental para evitar contato do material recolhido com a pele; com a ajuda de um papel umedecido, coletar os pequenos resíduos que ainda restarem; colocar o papel dentro de um saco plástico e feche-o; colocar todo o material dentro de um segundo saco plástico. Assim que possível, lacrar o saco plástico evitando a contínua evaporação do mercúrio liberado; logo após o procedimento, lavar as mãos com água corrente e sabão.