Prefeitura define metas sustentáveis para os megaeventos

As estratégias da Prefeitura do Rio para a realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 de maneira sustentável, gerando um legado para o país, serão discutidas no workshop "Carbono Zero – Rumo à Copa e às Olimpíadas" durante os dias 7 e 8 de outubro. Clique e fique por dentro do evento.

As estratégias da Prefeitura do Rio para a realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 de maneira sustentável, gerando um legado para o país, serão discutidas no workshop "Carbono Zero - Rumo à Copa e às Olimpíadas" (baixe o informativo aqui). Durante os dias 7 e 8 de outubro, três setores ganharão evidência no debate: indústria, construção civil e transportes.

Tanto o Rio de Janeiro, quanto as demais 11 cidades programadas pela FIFA para sediar a Copa, terão que cumprir uma série de compromissos que envolvem intervenções pesadas na infraestrutura dos estados anfitriões, e que terão que obedecer regras de sustentabilidade. Desta forma, a necessidade de modernização tecnológica dos mecanismos de controle da poluição na indústria, construção civil e transportes para reduzir as emissões de CO2 ganha importância fundamental nesse processo, assunto que estará no centro dos debates do workshop.

Por sua vez, empresas da área siderúrgica, petróleo e gás, geração de energia, metalurgia, petroquímica, produção de bens de consumo e de outros setores da cadeia industrial terão de buscar novas tecnologias e investir fortes recursos na correção de problemas ambientais ou por conta de exigências de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) para se adequar aos avanços da legislação ambiental.

O evento acontecerá no Centro de Convenções RB1, Avenida Rio Branco, no 01 – RJ.  Para se inscrever, basta preencher a ficha e encaminhar para: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

AÇÕES SUSTENTÁVEIS PREVISTAS

A Prefeitura já definiu como meta a redução de 8% da emissão de CO2 até 2012 e de 16% em 2016. Para isso, além de outras ações já equacionadas ou em andamento, quer replantar cerca de 1.500 hectares no Rio de Janeiro e já determinou o fim do envio dos resíduos sólidos da cidade para o Aterro de Gramacho, que será substituído por um sistema de gestão de resíduos moderno, em Seropédica.

A neutralização das emissões de GEEs (Gases de Efeito Estufa) das obras de médio e grande porte no setor de construção civil do Rio de Janeiro está prevista no decreto municipal de 15 de fevereiro de 2007, estabelecendo: "Art. 1. - Todas as obras licenciadas pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, de três pavimentos ou mais, ou que sendo não residenciais, sejam consideradas de médio e grande porte, deverão observar as compensações para garantir um efeito-carbono zero". Dessa forma, o setor de construção civil carioca está sendo obrigado a contabilizar a natureza em seus novos empreendimentos, ou seja, as tCO2e (toneladas de gás carbônico equivalentes) emitidas (veja quadro). Para isso, o setor deverá, primeiro, realizar inventário das emissões de suas atividades e, depois, compensar essas emissões para se tornar carbono zero.

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente está desenvolvendo um manual com as regras para a neutralização de emissões de GEEs/m2 de área construída de acordo com o tipo de empreendimento. A publicação está sob coordenação do Instituto Pereira Passos, que tem parceria com a Coppe/UFRJ (Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Já em setembro de 2009, o governo do Estado do Rio lançou o Projeto "Dia C – Carbono Zero Rio 2016", que teve dois objetivos: comemorar o primeiro ano do projeto Contador de Árvore da Mata Atlântica, da Secretaria estadual do Meio Ambiente, e abater a emissão de gases que causam o efeito estufa que a candidatura do Rio aos jogos de 2016 gerou. A meta é plantar, até 2016, 10 milhões de árvores.

Entre as ações realizadas em diversas cidades do Estado destacam-se o plantio simultâneo de 105 mil mudas de espécies da Mata Atlântica em 51 municípios fluminenses e o início do plantio de mais 3.580, no Parque Estadual da Pedra Branca, na Zona Oeste da cidade, para abater a emissão do carbono que a candidatura Rio 2016 gerou.

A neutralização dos gases emitidos será feita em várias instalações esportivas dos Jogos Olímpicos, incluindo X-Park, um parque de esportes radicais, na região de Deodoro, que irá unir a prática esportiva, desenvolvimento urbano e a preservação do meio ambiente em uma das áreas mais carentes do Rio.