Com um acervo estimado em 30 mil peças sobre personalidades niteroienses, como livros, fotos, postais, mapas, manuscritos, partituras e CDs, o Centro de Memória Fluminense da UFF, que integra o Sistema de Bibliotecas do Núcleo de Documentação da universidade, surgiu em forma de centro documental com intuito de reunir e proteger o acervo composto por importantes obras relacionadas ao Estado.
Dos seus 13 conjuntos de obras particulares, o CMF também guarda acervo pessoal composto por pequenas coleções. Segundo a bibliotecária e chefe do setor, Maria José Fernandes, pesquisadores da universidade ou da comunidade muitas vezes enviam estudos para compor o acervo.
Os seminários, encontros, feiras de livros, mostras e exposições itinerantes realizadas no centro em sua maioria acabaram dando origem à publicação da série "Cadernos do Centro de Memória Fluminense", já em seu nono número, criada para dar um caráter mais permanente ao intenso trabalho de pesquisa realizado, divulgando os textos produzidos e material complementar aos temas expostos.
BIBLIOTECA DE PRESERVAÇÃO DE MEMÓRIA
Embora faça parte de um sistema de bibliotecas universitárias, tendo em vista as características de seu acervo, e a especificidade dos assuntos nele representados – história e cultura fluminense, com ênfase na cidade de Niterói - pode ser definido como uma biblioteca de preservação de memória local e regional.
Segundo Maria José Fernandes, ''As coleções arquivadas no CMF reúnem documentos importantes para a história fluminense, muitos dos quais não se encontram disponíveis em outras instituições. Sobretudo as publicações literárias, que não chegam a circular nos grandes circuitos, mas que testemunham a produção de escritores locais, muitas vezes pouco conhecidos fora dos seus municípios. Por se tratarem de coleções amealhadas por pessoas vinculadas às mais diversas áreas culturais das cidades fluminenses, formam um interessante conjunto que fogem aos critérios tradicionais de formação de bibliotecas. Refletem a visão de mundo e os interesses dos seus organizadores, que guardaram aqueles documentos que lhe pareceram importantes''.
OLALACMSFOTO02OLALACMS O Centro está aberto ao público desde 1992 e, hoje, seu acervo nas áreas de história e literatura de autores fluminenses é referência para pesquisadores. Dentre as raridades, estão coleções de autores como Julio Pompeu de Castro Albuquerque, Nilton Brasil Alcântara, Rodolpho Villanova Machado, que fizeram a história do município com olhares de cidadãos.
Para fazer uso dos materiais do acervo, o pesquisador pode comparecer, das 9h às 20h, ao Centro de Memória Fluminense, localizado no 1º andar da Biblioteca Central do Gragoatá, Campus do Gragoatá, São Domingos, Niterói. Não é permitido fazer empréstimos das obras, nem reproduzir em cópias os livros do acervo, mas o atendimento no local é bastante funcional. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 21 2629-2777.