Escola de Música da UFRJ prestigia a ópera em seu aniversário

Até a próxima sexta-feira (13/08), acontece, como parte da comemoração dos 162 anos da Escola de Música da UFRJ, uma intensa programação musical acompanhada pelo I Simpósio Internacional de Musicologia da UFRJ, cujo tema será a atualidade da Ópera. Atividade cultural trará conferencista de outros países.

Acontecerá nessa semana, até o próximo dia 13/08, a comemoração dos 162 anos da Escola de Música da UFRJ, que oferece ao público uma intensa programação musical acompanhada pelo I Simpósio Internacional de Musicologia da UFRJ. "É a primeira vez que ocorre um evento de natureza científica junto com a programação musical propriamente dita", disse Maria Alice Volpe, professora e organizadora do evento, cujo tema será a atualidade da Ópera.

Sempre às 18h30 temos a apresentação de cantores e instrumentistas que mantêm a ópera viva no imaginário musical contemporâneo. Ao longo da semana também haverá música às 12h30, no hall da EM-UFRJ. Toda a programação de shows está detalhada no site da Escola de Música.

O Simpósio Internacional de Musicologia, por sua vez, terá, todos os dias, das 11h às 12h30, a exposição dos processos criativos de artistas vinculados ou não à UFRJ. Esses artistas têm o mérito de adequar a ópera às novas tendências musicais, produzindo estilos inovadores.

CONFERÊNCIAS DE ACADÊMICOS DE TODO O MUNDO

As tardes dessa semana serão de conferências de acadêmicos de todo o mundo apresentando suas pesquisas, das 14h às 15h. Nesta quarta, a Universidade de Cambridge, com toda a sua proeminência, será representada  por Benjamin Walton falando sobre a ópera no início do século XIX. A ópera e a Bahia tem, ao contrário do que você possa estar pensando, alguma relação. Quem contará essa história, na quinta-feira, é Ilza Nogueira, da Universidade Federal da Paraíba.

As conferências serão encerradas com o pesquisador da Universidade de Chicago, Philipp Gossett, falando sobre a ópera italiana do século XIX em arquivos fora da Itália.

Das 15h30 às 17h30 o público poderá ver mesas redondas discutindo os mais diversos temas relacionados à ópera, com temas como "Estilo e Recepção", "Geografia da Ópera no Brasil" e, na sexta-feira, "Estudos de manuscritos e edição”. A programação da sexta-feira também terá, das 17h às 18h30, uma mesa redonda sobre a "Atualidade da ópera no Brasil", que contará com jornalistas brasileiros como João Luiz Sampaio do Estadão, Luiz Paulo Horta (a confirmar) do Jornal O Globo e Heloísa Fischer, que comenta música clássica nas rádios MEC FM do Rio de Janeiro e CBN e é editora-chefe da VivaMúsica! Edições. Veja todo o programa do simpósio.

O encerramento musical às 18h30 do dia 13, data exata da fundação da EM, ficará por conta do conjunto instrumental formado por Eduardo Monteiro (flauta), Flávio Augusto (piano), Felipe Prazeres (violino), Ivan Zandonade (viola) e Mateus Ceccato (violoncelo), que vai executar peças de Chopin, Carlos Gomes, Paul Taffanel e Henri Mouton, com base em temas de óperas e encerrando com trechos de O barbeiro de Sevilha, de Rossini.

OS DESAFIOS DA ESCOLA

Quando indagado sobre os desafios que a Escola de Música enfrenta ao chegar ao seu 162º aniversário, o coordenador do Programa de Pós-Graduação da EM, Marcos Nogueira cita, inicialmente, a renovação curricular, adequando a EM às demandas por novos tipos de formação musical. Exemplo de que isso vem sendo feito é a turma de bandolim que teve início em 2010. “Outros cursos que começam a surgir, agora em função das novas tecnologias e interesses do público atual, vão demandar uma nova elaboração de currículos para atender a esses nichos de mercado. Isso é sempre um grande desafio para uma instituição como essa”, completa ele. A recuperação das instalações físicas da escola também foi mencionada pelo coordenador.

A integração da pesquisa em música com a prática musical, mostrando que essas duas áreas não são distintas e, sim, complementares é mais um desafio, segundo Maria Alice Volpe. A professora afirma ainda que integrar a musicologia brasileira à musicologia internacional também é um objetivo da EM.