Pré-sal inaugura nova fase da indústria petrolífera no país

De acordo com a matéria ''Fibras vão substituir o aço no pré-sal'' de Mariana Shreiber, do jornal a Folha de São Paulo, estudo dos pesquisadores do Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes) mostra que a exploração do pré-sal vai provocar uma substituição de tecnologia que reduzirá os custos da produção. Leia mais.

De acordo com a matéria ''Fibras vão substituir o aço no pré-sal'' de Mariana Shreiber, do jornal a Folha de São Paulo, estudo dos pesquisadores do Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes) mostra que a exploração do pré-sal vai provocar uma substituição de tecnologia que reduzirá os custos da produção. Dentro de cinco a dez anos o aço sairá de cena na indústria petrolífera. O planejamento consiste em fomentar o emprego de resinas e fibras de vidro ou carbono nos tubos que farão o transporte do petróleo dos poços para as plataformas. As vantagens desses materiais sobre o aço são sua maior leveza e resistência à corrosão.  

Ouvido pelo jornal, o gerente de tecnologia de materiais, equipamentos e corrosão do Cenpes, Carlos Cunha, afirmou que estudos sobre a substituição “são totalmente pioneiros no mundo”. Segundo ele, o óleo do pré-sal tem elevado nível de gás carbônico que, associado à água salgada, causa acelerada corrosão metálica, por isso existe a necessidade de estudos de novas opções.

A Petrobras já está investindo no desenvolvimento de novas tubulações flexíveis, sem qualquer metal, revela ao jornal o pesquisador do Cenpes, Luiz Meniconi. A pesquisa é feita em parceria com universidades federais e empresas estrangeiras e o resultado parece promissor.

O custo inicial das fibras de vidro e carbono não é visivelmente menor que o do aço. Mas esses materiais permitem sistemas de produção mais eficientes para águas ultraprofundas, potencialmente mais econômicos em um horizonte a longo prazo de operação.

“Nos locais onde se encontra o pré-sal, com mais de sete mil metros de profundidade, os tubos de aço ficam muito pesados para a plataforma sustentar”, diz Meniconi. Além de o tubo ser mais longo, a pressão externa é muito maior, já as fibras devem permitir o uso de plataformas menores, o que tornará o processo mais eficiente.

Ainda segundo o engenheiro, a função do aço é resistir à elevada pressão interna e externa, às correntes marítimas e ao movimento da plataforma. O desafio é substituí-lo pela fibra, na camada estrutural do tubo. “Já há material seguro e economicamente viável para o pré-sal. Buscamos maior eficiência”, resume o gerente Carlos Cunha.

O aço, porém continua presente no revestimento dos poços, e no curto prazo, na maioria das linhas submarinas de transporte do óleo.