Especialistas discutem importância de plano estratégico

A necessidade de que o Planejamento Estratégico do Estado do Rio seja executado como política de longo prazo foi a principal reivindicação dos presentes ao debate promovido pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (17/05). Saiba mais sobre o Projeto Cadernos do Fórum.

A necessidade de que o Planejamento Estratégico do Estado do Rio seja executado como política de longo prazo foi a principal reivindicação dos presentes ao debate promovido pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (17/05). O evento centrou a análise em como transformar o planejamento estratégico do estado em ação, em meio aos enormes desafios que existem.

De acordo com o conselheiro da Escola Superior de Guerra, Gustavo Alberto Trompowski Heck, o plano depende de vinculação com recursos orçamentários. “O orçamento brasileiro é uma obra de ficção, e o desenvolvimento do nosso País está sendo penalizado pela falta de infraestrutura”, disse Heck, que citou ainda o petróleo como um diferencial do estado: “O Rio ainda é a capital cultural do Brasil e, por isso, é importante observar suas vocações e potencialidades. Além disso, temos a produção do petróleo, o que pode nos favorecer e trazer mais recursos”, lembrou.

Sobre as carreiras no setor público, o mestre em Sistemas de Gestão, professor da Fundação Getúlio Vargas Ricardo Teixeira, destaca que "falta hoje um planejamento de longo prazo a fim de se reestruturar a carreira pública". Quanto à importância da motivação do gestor público e sua equipe dentro dos órgãos do governo, foi salientada a relevância da motivação do funcionário. "O servidor público não busca somente a remuneração, mas o reconhecimento", acredita Teixeira. "A modernização da gestão pública surge como oportunidade, principalmente no cenário atual de aproximação das Olimpíadas", complementa. Segundo Heck, "para que o setor público seja atrativo, o estímulo é mais importante do que a remuneração". Ele falou ainda sobre a necessidade de adequação dos planos já existentes. "O planejamento estratégico do Rio vai até 2027, mas ele é dinâmico e não só pode como deve sofrer alterações", diz.

INFORMAÇÕES FORAM TROCADAS EM DEBATE INTERATIVO

Em um formato interativo e com mediação da jornalista e secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha, debatedores e plateia trocaram informações e sugestões sobre Gestão Pública e Planejamento ao longo do debate. O Planejamento Estratégico criado em 2007 pelo Governo do estado precisa de acompanhamento e ajustes, segundo afirmou a presidente do Conselho Empresarial de Gestão Estratégica para a Competitividade da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Ângela Costa. “O acompanhamento das necessidades tem que ser contínuo. A Copa do Mundo que será realizada no Brasil em 2014 e as Olimpíadas no Rio em 2016 não estavam previstas quando o plano foi elaborado, e esses são dois exemplos que ilustram bem as intervenções que precisam ser feitas a curto prazo no plano”, exemplificou Ângela, que lembrou ainda a importância da participação da sociedade na elaboração e na cobrança do cumprimento do que está no documento.

Teixeira defendeu o aumento no número de servidores de carreira para assessorar secretários e gestores públicos para que o planejamento não seja apenas um plano de Governo, mas sim de Estado. “Existem quatro perguntas básicas que, respondidas, vão nortear o plano. São elas: quem vai dirigir o plano, como e onde se quer chegar e quanto tempo vai levar para alcançar o objetivo? Dessa forma, vamos levar desenvolvimento para o estado e alavancar o crescimento”, apostou Teixeira, que destacou também a importância da Alerj nesse processo. “O Parlamento tem que adequar a legislação de acordo com as demandas da sociedade. É da Assembleia que têm que sair as grandes transformações”, defendeu.

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