Dados da geração e coleta de resíduos no estado do Rio viram publicação

Os dados da recente publicação Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, edição 2009, organizada pelo Sistema Firjan em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), demonstram que houve um aumento considerável de 2008 para 2009 na geração de resíduos sólidos urbanos.

O Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, edição 2009, foi lançado na quarta-feira (26/05), no evento Rio Ambiente 2010, organizado pelo Sistema Firjan, em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e com o patrocínio da Caixa Econômica Federal. Os dados da publicação demonstram que houve um aumento considerável de 2008 para 2009 na geração de resíduos sólidos urbanos. No ano passado tivemos a produção total de aproximadamente 57 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU), um crescimento de 7,7% em relação a 2008. A região Sudeste, por exemplo, equivale a 53% do RSU coletado no país, além das 14 milhões de toneladas de resíduos de construção e demolição (RCD) coletadas.

Em 2009 foram produzidos 1,2kg de resíduos por habitante/dia nas regiões de maior concentração populacional do país, o que equivale aos índices apresentados nos países desenvolvidos, revelando os hábitos de consumo e descarte dos moradores, que ainda não adotaram procedimentos para reduzir o volume de resíduos produzidos. Dos 5.565 municípios existentes no Brasil, 56,6% afirmaram contar com iniciativas de coleta seletiva. Na região Sudeste, por exemplo, 21,3% dos estados ainda não possuem este serviço, porém em 2009, foram coletadas 85.282 toneladas, das 89.460 geradas por dia de RSU. Cada habitante portanto, da região Sudeste produziu por dia 1,14 kg de RSU. Quanto à destinação destes resíduos, cerca de 790 municípios da região usam o aterro sanitário como destino mais praticado.

No estado do Rio foram geradas cerca de 15 milhões de toneladas de RSU no ano passado, sendo 18.802 toneladas/dia coletadas no estado e 10.005 na capital. As despesas geradas pela coleta municipal na região sudeste são de R$ 3. 434 milhões ao ano. O aterro sanitário, é a destinação final de RSU mais praticada no estado do Rio.

MEDIDAS PARA SEREM ADOTADAS EM NÍVEL NACIONAL

As mobilizações para a aprovação de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos estão se intensificando e é em meio a este ambiente que a Abrelpe lançou o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, concentrando esforços no levantamento de dados evolutivos. Constata-se, por exemplo, que pouco mais da metade dos municípios do país tem iniciativas de coleta seletiva de recicláveis.

Acompanhando a urgência do assunto, a indústria de eventos se reuniu na quinta-feira (27/05) em um seminário realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC), a fim de esclarecer pontos positivos e divergentes sobre as ações de reciclagem de lixos gerados principalmente nos grandes eventos, como Carnaval, Reveillon e grandes feiras.

Todos os esforços apontam para uma direção: o Brasil precisa ter uma Política de Resíduos vigente para todo o território nacional, com disposições a serem obedecidas em cada um dos municípios. No setor de resíduos sólidos, as condições e as características de cada localidade têm implicações diretas no dimensionamento de serviços e busca de soluções. É importante constatar a situação atual da gestão dos resíduos sólidos, pois somente a partir do conhecimento do problema é que se torna possível implementar soluções efetivas.

O Rio Ambiente 2010 terminou nesta sexta-feira (28/05), no Centro de Convenções Sul América, e neste ano traz a 6º Mostra Ambiental e o 1º Seminário Internacional de Tecnologias e Gestão de Resíduos Sólidos.