As fundações Oswaldo Cruz (Fiocruz) e de Atendimento Sócio-Educativo (Fase) elaboraram o Mapa de conflitos envolvendo injustiça ambiental e Saúde no Brasil. A obra é resultado de um projeto desenvolvido com o apoio do Departamento de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde e apresenta cerca de 300 casos distribuídos por todo o país e georreferenciados.
No estado do Rio os conflitos mapeados são os de moradores do entorno de plantas industriais, de pescadores artesanais da Baía de Guanabara; de indígenas, quilombolas, caiçaras, pescadores e ribeirinhos expulsos de suas terras por políticas de conservação do meio ambiente; de despejo de produto tóxico por indústria no Rio Paraitinga, em Resende, de moradores de bairros atingidos por acidentes ambientais, dentre outros.
O mapa está aberto para informar, para receber denúncias e monitorar as ações dos diversos níveis do Estado tomadas a respeito. No site, a busca de casos pode ser feita por Unidade federativa (UF) ou por palavra chave. Clicando em cima do caso que aparece no mapa por estado surge inicialmente uma ficha inicial com os municípios e populações atingidas, os riscos e impactos ambientais, bem como os problemas de saúde relacionados. Clicando na ficha completa do conflito é possível obter informações mais detalhadas, incluindo populações atingidas, danos causados, uma síntese resumida e uma ampliada e as fontes de informação utilizadas.
O foco é nas populações atingidas, suas demandas, estratégias de resistência e propostas de encaminhamento. O conteúdo consiste principalmente de documentos disponibilizados publicamente por entidades e instituições parceiras, reportagens, artigos e relatórios acadêmicos, ou ainda relatórios técnicos e materiais presentes em ações desenvolvidas pelo Ministério Público ou pela Justiça.