O secretário especial da prefeitura para a Copa de 2014 e a Rio 2016, Ruy Cezar, e o economista e consultor do Clube de Diretores Lojistas (CDL-Rio), Mauro Osório, foram os palestrantes do encontro promovido pelo Conselho Empresarial de Comércio de Bens e Serviços da ACRJ, nesta quarta-feira, 3 de março. Eles apresentaram as perspectivas para a economia da cidade, com ênfase no Comércio, diante da realização dos mega eventos esportivos que serão sediados no Rio.
Mauro Osório apresentou um levantamento de dados oficiais que mostram a atual situação de infraestrutura e economia do Rio. Para Osório, o levantamento não é positivo, porém é otimista ao projetar o futuro. "Os últimos acontecimentos como o Pré-Sal e os eventos esportivos provavelmente mudarão radicalmente este panorama."
Segundo ele, não basta trazer os Jogos, é necessário que se pense no que fazer para que a cidade se aproprie deles. "Temos que raciocinar em cima de complexos e não de empreendimentos separados, como por exemplo, pensar no complexo do comércio vinculado ao turismo, transportes e hotelaria".
DESENHAR ESTRATÉGIAS PARA OS EVENTOS É NECESSÁRIO
De acordo com o economista, a falta de reflexão da população e governos, apesar dos esforços de entidades empresariais como a ACRJ, ainda é grande. "Nenhuma faculdade do Rio tem uma linha de pesquisa na área regional. Temos que caminhar no sentido de desenhar estratégias e aproveitar esse bom momento."
Já o secretário especial Ruy Cezar declarou que os investimentos relacionados aos Jogos na área de infraestrutura, avaliados em R$ 23 bilhões, começam a ser implantados em breve. "A infraestrutura engloba o meio ambiente, transporte e desenvolvimento social da cidade. São fortes intervenções que terão início neste ano no Rio."
Ruy Cezar destacou que os quatro mega-eventos esportivos (Jogos Militares em 2012; Copa das Confederações em 2103; Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas em 2016) que acontecerão no Rio, nos próximos anos, estão diretamente ligados a diversos segmentos econômicos. "Os jogos se encaixam em todas as atividades: do vestuário à medicina, e cabe ao empresariado identificar e aproveitar as oportunidades oferecidas por esses eventos."
O secretário destacou ainda um estudo elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), encomendado pelo Governo Federal, que demonstra a viabilidade e retorno dos investimentos despendidos aos jogos. O estudo sinaliza a geração de possíveis 160 mil novos postos de emprego em todo o estado do Rio de Janeiro. "Essas novas vagas trarão com elas aumento da renda da população, oportunidade de consumo e um ciclo de aproveitamento de oportunidades durante anos, não só em benefício do Rio, mas sim do Brasil."
Aldo Gonçalves, presidente do Conselho Empresarial do Comércio de Bens e Serviços da ACRJ e do CDL-Rio, ressaltou que a palestra mostrou aos empresários e comerciantes presentes ao encontro as inúmeras possibilidades de negócios que esses mega eventos propiciarão. "São informações de extrema relevância para a economia e o empresariado carioca, e para quem mais identificar estiver buscando oportunidade de negócios", concluiu.
Fonte: ACRJ.