A retomada do projeto Rio Tecnologia e o mapeamento dos principais problemas que impedem que o empresário se relacione com as universidades e institutos de tecnologia para o desenvolvimento de novos produtos e processos foram definidos como os principais temas da agenda da Câmara Setorial de Tecnologia em 2010.
A retomada do projeto Rio Tecnologia e o mapeamento dos principais problemas que impedem que o empresário se relacione com as universidades e institutos de tecnologia para o desenvolvimento de novos produtos e processos foram definidos como os principais temas da agenda da Câmara Setorial de Tecnologia em 2010. Durante a reunião realizada na quinta-feira (11/02), na sede do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), o gerente de tecnologia do instituto, Raimar Van Den Bylaardt, ressaltou, ainda, a necessidade de fazer uma avaliação das propostas feitas pelos representantes das entidades presentes no evento que debateu o anteprojeto da lei de inovação tecnológica, realizado pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio em outubro de 2008 e que resultou na aprovação da lei em dezembro do mesmo ano. “Muitas sugestões apontadas no evento não foram trabalhadas dada a urgência da lei, portanto devemos avaliá-las e incorporar a esse debate as oportunidades que a lei de inovação tecnológica não comtempla”.
Segundo Raimar, para atingir o patamar da alta tecnologia é necessário cuidar primeiro da base, ou seja, articular o empresariado e o meio acadêmico. “A nossa função não é somente acompanhar e avaliar a legislação, mas também a de viabilizar esta integração”, explicou. Para o especialista em projetos tecnológicos da Firjan, Fabiano Gallindo, as empresas estão dispostas a gerar renda e empregos, mas para isso precisam de incentivos do Governo. “O Estado assim como o Governo Federal, dispõe de uma lei de inovação tecnológica, mas ainda não implementou uma legislação que garanta incentivos fiscais aos empresários que invistam na área tecnológica. O projeto Rio Tecnologia propôs soluções para esta carência, mas não foi implementado”, lembra Gallindo. O Programa de Fomento ao Desenvolvimento Tecnológico do Estado do Rio de Janeiro (Projeto Rio Tecnologia) foi produzido por um grupo de entidades, algumas delas participantes do Fórum, com o objetivo de oferecer vantagens fiscais a empresas de tecnologia que invistam no estado e apresentado ao Governo há alguns anos, sob a ótica da lei de inovação tecnológica. "Vamos rever estas propostas e avaliá-las sob o contexto da lei de inovação", afirma a secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha.