A economia fluminense registrou a criação de 88.875 empregos formais em 2009. Apesar de a crise econômica mundial ter impactado diretamente na geração de postos de trabalho no primeiro semestre (apenas 15.167), no segundo, o estado apresentou aquecimento da demanda interna e criou 73.708 empregos. Os dados são da Nota Técnica “Evolução do Mercado Formal de Trabalho Fluminense em 2009”, produzida pela Firjan com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. “A criação de postos de trabalho depende claramente de um processo de crescimento contínuo. O empresário contrata se perceber um nível de demanda maior e que seja sustentado”, explicou a diretora de Desenvolvimento Econômico da Firjan, Luciana Sá. Segundo o Ministério do Trabalho, 2009 registrou a criação de um total de 995 mil postos de trabalho formal no País.
O setor de Serviços foi o principal contratante no ano, com 54.591 empregos, o que corresponde a mais de 60% das oportunidades criadas em 2009. O Comércio ultrapassou a marca da Construção Civil (11.071) e se tornou o segundo maior empregador com 16.361 vagas. Em terceiro lugar ficou a Indústria Geral do Estado com a geração de 7.033 empregos.
Na análise regional, o resultado das movimentações do mercado de trabalho foi positivo em sete das oito regiões fluminenses. A cidade do Rio de Janeiro concentrou 58% das oportunidades criadas no Estado, o equivalente a 51.540 novas contratações. A região Leste foi a segunda maior contratante em 2009 com 13.162 vagas de emprego, ficando atrás apenas da Capital. Foi a única região em que todos os oito setores econômicos acompanhados (Indústria Extrativa, Indústria de Transformação, Serviços Industriais de Utilidade Pública, Serviços, Comércio, Construção Civil, Administração Pública e Agropecuária) apresentaram saldo positivo na geração de empregos formais durante o ano. Apenas o Norte Fluminense ficou com saldo negativo devido a dispensas na Construção Civil em Macaé.
Para a Federação das Indústrias, a expansão da oferta de postos de trabalho com carteira assinada no segundo semestre, delineia perspectivas positivas para 2010, quando as expectativas apontam para a criação de dois milhões de empregos em todo o Brasil. No entanto, Luciana Sá ressaltou que ainda existem entraves significativos para o crescimento da oferta de empregos. “Atualmente, temos uma legislação que impede a criação de emprego formal, estimula a informalidade e mantém elevada a parcela de desempregados. O custo de empregar e demitir é muito elevado. A grosso modo, se um empregado recebe salário de R$ 100, o seu custo para a empresa gira em torno de R$ 200”, exemplificou.