Transformar o Rio em polo de turismo de negócios é desafio para 2010

O estímulo ao turismo de negócios, a possibilidade de transformar o Rio em um grande polo de exportação de serviços e a identificação dos gargalos no setor do comércio exterior estão entre os temas definidos pela Câmara Setorial (CS) de Comércio Exterior do Fórum de Desenvolvimento do Rio para figurar na agenda de trabalho de 2010.

O estímulo ao turismo de negócios, a possibilidade de transformar o Rio em um grande polo de exportação de serviços e a identificação dos gargalos no setor do comércio exterior estão entre os temas definidos pela Câmara Setorial (CS) de Comércio Exterior do Fórum de Desenvolvimento do Rio para figurar na agenda de trabalho de 2010. Na reunião realizada nesta terça-feira (2/2), na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), o coordenador da Câmara, Ricardo Mayer, da Amcham-RJ, ressaltou que o grupo deve investir na reunião de especialistas que possam contribuir para o mapeamento das demandas do setor. "A ideia é convidar pessoas para falar sobre o cenário fluminense de exportação, dentre outros temas", explica.

Para Marco Polo Moreira Leite, representante da ACRJ, é preciso trabalhar as vocações do Rio de Janeiro, como por exemplo o turismo de negócios. "Hoje cada instituição que atua no comércio exterior atua isoladamente. Temos que encontrar bandeiras que possam unir a todos e o turismo de negócios é um destes temas", afirma. A proposta do grupo foi reunir as câmaras de comércio exterior e turismo, cultura e esportes para debater o assunto no próximo dia 2 de março. "É importante atrair grandes eventos e não deixar que os que já acontecem aqui migrem para outros estados", disse Marco Polo. Para a representante do Sebrae-RJ, Laila Mendes, um recurso facilitador para estimular o turismo seria a criação de um portal de vendas de pacotes de turismo.

Outro tema que vai ser estudado pelo grupo é o desenvolvimento da cultura exportadora. Apesar dos diversos cursos e do incentivo à exportação fluminense através de eventos e exposições, as entidades afirmaram que o aumento nos índices de exportação não é verificado. "Eu vejo vários eventos, nos quais os empresários participam e são treinados, mas seguem sem gerar resultados efetivos", apontou Regina de Oliveira, subgerente de comércio exterior dos Correios/RJ. Para Laila, é preciso analisar a necessidade de mudar o foco destes cursos. "A cultura exportadora do Rio está atrelada à exportação de serviços, essa é a vocação do estado, mas a maioria dos cursos fala sempre em exportação de produtos", analisa. Para o representante da Firjan, Fernando Saboya, com a implantação do Siscoserv será possível ter um quadro mais definido sobre o peso dos serviços nas exportações fluminenses. "Este ano o sistema começará a funcionar e a partir disso poderemos ter dados concretos para propor ajustes", acredita.