O potencial do setor de gás natural para o desenvolvimento socioeconômico do estado do Rio de Janeiro é tema do debate "Gás Natural: distribuição, regulação e desenvolvimento sustentável", que o Fórum de Desenvolvimento do Rio realiza na segunda-feira (16/11), às 14h30, no plenário da Assembléia Legislativa (Alerj). Já estão confirmadas palestras do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, e do presidente da Ceg, Bruno Armbrust. O objetivo do debate, que vai reunir lideranças políticas, parlamentares, empresários e especialistas do setor, é apresentar um panorama econômico e ambiental da distribuição do gás no estado do Rio de Janeiro, com ênfase na geração de renda e emprego para a população fluminense, enfoque que tem pautado as atividades do Fórum de Desenvolvimento do Rio ao longo de 2009.
Para o presidente da Alerj e do Fórum, deputado Jorge Picciani, o forte crescimento na produção de gás natural e a perspectiva de exploração dos novos campos do Pré-Sal reforçam a importância do setor para aquecer a economia, gerar empregos e dinamizar outros segmentos. "O Rio de Janeiro é o primeiro colocado na produção de gás natural no país, respondendo por nada menos que 50% de tudo o que é extraído no Brasil. É um setor que tem crescido, gerado renda, empregos e contribuído para que o cidadão fluminense tenha acesso a um serviço de qualidade. Temos que dar condições para que essa prosperidade continue", afirma Picciani, lembrando que a questão sempre foi prioridade na pauta do Parlamento fluminense, que já em 1997 votou e aprovou a permissão para a privatização da empresa de distribuição de gás, garantindo a ampliação dos investimentos.
Bruno Armbrust afirma que o papel do Legislativo foi fundamental para permitir os novos investimentos. "Depois da privatização, foram investidos R$ 6 bilhões no setor de gás natural, sendo R$ 2,5 bilhões só no Rio de Janeiro", explica o executivo. Dados da Empresa Brasileira de Energia (EPE), estatal ligada ao Ministério das Minas e Energia, reforçam o otimismo: na última década o gás saltou de menos de 3% da matriz energética para 12%. Graças à posição privilegiada e da articulação entre empresas, governo e sociedade-civil, o Estado do Rio saiu na frente tanto em relação às privatizações quanto na permissão para construção de térmicas a gás, afirma Armburst.
A conjuntura atual reforça a inserção do Rio de Janeiro como ator estratégico em todo o segmento de prospecção e distribuição de gás natural no Brasil. De 2008 para 2009, a participação do estado no total do gás extraído no país subiu em um quarto e passou de 40% para 50%, conseqüência do forte crescimento na produção nos primeiros meses de 2009: subiu em média 18% em comparação ao mesmo período de 2008. O segundo colocado é o estado do Amazonas, com 18%, e o terceiro é a Bahia, com 13%.
A atuação do Fórum de Desenvolvimento do Rio
A importância do segmento de gás natural para o desenvolvimento socioeconômico do estado do Rio de Janeiro já faz parte da pauta de ações do Fórum de Desenvolvimento do Rio desde a sua criação, em 2003. Em novembro de 2007 foi realizado um debate no Plenário Barbosa Lima Sobrinho para discutir os impactos da crise do gás, com presença da diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Foster. Na ocasião, diante do risco de interrupção do fornecimento de gás natural por causa da crise com a Bolívia, Graça Foster veio à Alerj apresentar aos deputados e lideranças políticas do estado a situação da empresa e assumiu o compromisso de que o Rio não teria o fornecimento interrompido. O debate foi organizado pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio em parceria com seis comissões permanentes da Alerj.
SERVIÇO:
Debate: GÁS NATURAL: DISTRIBUIÇÃO, REGULAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Data: 16 de novembro
Horário: 14h30
Local: Plenário Barbosa Lima Sobrinho. Palácio Tiradentes - Rua Primeiro de Março, s/nº, Praça XV. Centro - Rio de Janeiro - RJ
Mais informações: (21) 2588-1352
*O debate é gratuito e aberto ao público